Secretário da Previdência lamenta após Bolsonaro admitir dificuldade para aprovação de reforma este ano
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, lamentou a possibilidade de a reforma da Previdência não ser aprovada este ano conforme indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro e garantiu que a proposta discutida há cerca de dois anos pelo governo do presidente Michel Temer tem a preocupação social manifestada pelo futuro mandatário.
"Essa é uma avaliação de natureza política. O ideal para mim era que nem fosse aprovada esse ano, o ideal seria que já tivesse sido aprovada", disse Caetano à Reuters por telefone, referindo-se à necessidade de negociações no Congresso.
"A reforma da Previdência não só é necessária mas também urgente", completou ele, reforçando que se não for feita a reforma neste ano, a sua aprovação se torna imperativa em 2019.
O déficit crescente da Previdência se tornou o maior peso para o déficit fiscal primário, que este ano deve ficar em aproximadamente R$ 160 bilhões e no próximo ano em cerca de R$ 140 bilhões.
Nos primeiros nove meses do ano, apenas o rombo da Previdência Social soma R$ 155 bilhões, de acordo com os dados mais recentes do Tesouro Nacional. Caetano destacou que neste ano o déficit da Previdência deve somar mais de R$ 202 bilhões.
Bolsonaro reconheceu na véspera que dificilmente a reforma da Previdência será aprovada neste ano, após conversar com o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo o presidente eleito, é preciso buscar uma reforma com uma preocupação social, e não apenas focada em números.
"Concordo inteiramente com a abordagem", disse Caetano, acrescentando que a preocupação social da reforma do atual governo de Michel Temer fica evidente com a manutenção dos benefícios da prestação continuada, assim como os benefícios para a população rural. Além disso, o tempo de contribuição de 15 anos atual, que também beneficia a população mais carente, não será alterada.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.