Setor de serviços tem queda inesperada em setembro, mas termina 3º tri com alta
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO, 14 Nov (Reuters) - O setor de serviços do Brasil registrou queda inesperada em setembro e teve o pior desempenho para o mês em três anos devido ao setor de transportes, mas ainda assim terminou o terceiro trimestre com crescimento.
Em setembro, o volume do setor de serviços apresentou recuo de 0,3% na comparação com agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado contrariou a expectativa em pesquisa da Reuters com analistas de alta de 0,3% e representou a queda mais forte para um mês de setembro desde 2015.
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Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o setor teve alta de 0,5%, contra projeção de avanço de 1,7%.
O setor de serviços inclui, por exemplo, salões de beleza, imobiliárias, oficinas mecânicas, escritórios de advocacia, agências de turismo, companhias aéreas e hotéis, entre outros.
Com isso o setor de serviços chega ao fim do terceiro trimestre com um crescimento no volume de 0,8% sobre os três meses anteriores, ante alta de 0,2% no segundo trimestre e contração de 0,6% no primeiro.
Greve dos caminhoneiros
Apesar dos números melhores a cada trimestre, o gerente da pesquisa no IBGE, Rodrigo Lobo, explicou que o resultado visto entre julho e setembro representa mais um ajuste devido à base de comparação fraca com o segundo trimestre, fortemente afetado pela greve dos caminhoneiros, em maio.
"O segundo trimestre foi comprometido pela greve e criou uma base fraca. Há uma melhora do setor de serviços sim, mas muito mais pela base deprimida do que pelo próprio dinamismo do setor", explicou.
Em setembro, o maior peso foi exercido pela atividade de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, cujo volume recuou 1,3% sobre agosto.
"A influência veio de transportes de cargas, dutoviário e transporte aéreo. São setores que mostram bem o ritmo em que roda a economia", acrescentou Lobo.
Também registraram quedas os serviços profissionais e administrativos, de 1,4%, e outros serviços, de 3,2%.
Embora ainda enfrentem um mercado marcado pelo desemprego elevado e situação econômica lenta no país, os empresários do setor de serviços viram a confiança melhorar em outubro diante de uma avaliação mais favorável tanto sobre o cenário atual quanto sobre as expectativas.
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