Ibovespa sobe com ajuste a ADRs e recepção positiva a anúncio sobre BC
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista retomava os negócios em alta nesta sexta-feira após o feriado, em meio a ajustes ao movimento positivo dos recibos das ações brasileiras negociados em Nova York na véspera e repercussão positiva da indicação de Roberto Campos Neto para presidir o Banco Central no próximo governo.
Às 11:23, o índice de referência do mercado acionário brasileiro subia 0,3 por cento, a 86.233,35 pontos. O volume financeiro somava 2 bilhões de reais.
Na quinta-feira, quando o mercado brasileiro esteve fechado, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, divulgou nota afirmando que o economista Roberto Campos Neto aceitara o convite para comandar a autoridade monetária no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro.
O nome de Campos Neto será submetido ao Senado Federal. A equipe de Bolsonaro também anunciou que o economista Mansueto Almeida permanecerá no cargo de Secretário do Tesouro Nacional, que ocupa desde abril de 2018.
Na visão da equipe da XP Investimentos, a manutenção de Mansueto no Tesouro e a indicação de Roberto Campos Neto reforçam o perfil liberal da equipe.
A equipe da Brasil Plural acrescenta que Campos Neto, que era diretor de Tesouraria do Santander Brasil, é próximo ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua nomeação é mais um sinal de que Guedes terá autonomia na condução da política econômica, conforme nota distribuída a clientes.
Também durante o feriado em razão do Dia da Proclamação da República no país, o índice dos principais American Depositary Receipts (ADR) de ações brasileiras subiu 2,33 por cento nos Estados Unidos, levando a ajustes nos papéis negociados na bolsa paulista nesta sessão.
O ânimo no pregão brasileiro, contudo, era limitado pelo tom negativo em bolsas no exterior. Os futuros acionários norte-americanos sinalizavam uma abertura negativa em Wall Street, com previsões de companhias pesando negativamente no setor de tecnologia.
O fundo de ação negociado em bolsa (ETF) iShares MSCI Brazil caía 1,5 por cento na pré-abertura do mercado nos EUA.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN tinha alta de 0,6 por cento, corrigindo o movimento de seu ADR e favorecida pelo avanço dos preços do petróleo exterior. Os papéis da petrolífera de controle estatal também continuam influenciados por expectativas sobre a votação do projeto que trata da cessão onerosa e das perspectivas para o novo governo.
- ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,86 por cento, também ajustando-se à valorização de quase 3 por cento de seu ADR, além da recepção positiva para a indicação de um profissional proveniente do setor financeiro para comandar o Banco Central. BRADESCO PN avançava 0,51 por cento, BANCO DO BRASIL tinha acréscimo de 0,48 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT ganhava 1,56 por cento.
- VALE mostrava elevação de 0,53 por cento, em sessão positiva para mineradoras na Europa.
- USIMINAS PNA subia 3 por cento, com papéis de siderúrgicas valorizando-se neste final de semana, com CSN em alta de 2 por cento e GERDAU PN avançando 1,78 por cento. Na véspera, a Gerdau anunciou oferta para recompra à vista de até 900 milhões de dólares em títulos de dívida em circulação no mercado internacional.
- SMILES subia 2,8 por cento, tendo no radar que acionistas minoritários detentores de mais de 5 por cento dos papéis da companhia solicitaram à diretoria da empresa de programas de fidelidade explicações sobre a reestruturação da controladora da empresa, a áerea Gol, conforme reportagem do jornal Valor Econômico nesta sexta-feira.
- CEMIG tinha alta de 1,23 por cento, após a companhia mineira de energia elétrica divulgar no final da quarta-feira lucro líquido de 95,5 milhões de reais no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de 83,6 milhões em igual período do ano anterior. Os papéis da empresa também seguem influenciados por expectativas com o viés privatizador do futuro governador de Minas Gerais.
- JBS perdia 2,54 por cento, após saltar quase 16 por cento na quarta-feira, antes do feriado, após divulgação de resultado trimestral que agradou analistas.
- TIM caía 3,7 por cento, após a recuperação do último pregão, que ocorreu um dia depois de os papéis despencarem com a decisão da sua controladora Telecom Italia de demitir na terça-feira seu presidente-executivo, Amos Genish.
(Por Paula Arend Laier)
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