Depois de reuniões com Bolsonaro, Podemos e PSD prometem apoio a pautas, mas não serão base do governo
BRASÍLIA (Reuters) - Depois de reuniões seguidas com as bancadas do PSD e do Podemos na Câmara, o presidente eleito Jair Bolsonaro obteve a promessa de apoio pontual, a projetos específicos, mas não a intenção de fazer parte da base do governo.
Líderes dos dois partidos afirmaram que tanto PSD quanto Podemos irão manter a posição de independência.
"A posição oficial do partido em qualquer governo é de independência, mas nós vamos ajudar em tudo que for importante para o país. Temos a predisposição de ajudar o governo para que ele trabalhe e o Brasil funcione", disse o líder do Podemos, Diego Garcia. "Não vamos ser uma oposição burra."
Domingos Neto, líder do PSD, também afirmou que o partido não será "empecilho" para matérias defendidas por Bolsonaro e que há um sentimento majoritário na bancada de apoio ao governo. "Mas só a direção do partido pode falar de apoio formal", afirmou.
O presidente eleito já se encontrou com as bancadas de seis partidos até agora. Além do Podemos e PSD, já recebeu MDB, PRB, PR e PSDB. Para a quarta-feira, estão na agenda DEM, Pros e PP.
A estratégia do novo governo tem sido de conversar com frentes temáticas do Congresso, as bancadas na Câmara e governadores, mas não com dirigentes partidários, como deixou claro o futuro ministro da Casa Civil (DEM), Onyx Lorenzoni. O governo já nomeou nomes do DEM e MDB para o primeiro escalão, mas sem conversar com as direções partidárias.
Em todos as reuniões com as bancadas, Bolsonaro ouviu promessas de apoio a projetos específicos do governo, mas não uma adesão à base governista.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
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