Brasil abre 58.664 vagas formais de trabalho e tem melhor novembro em 8 anos, aponta Caged
BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil registrou criação líquida de 58.664 vagas formais de emprego em novembro, acima do esperado e no melhor dado para o mês desde 2010, informou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho.
Em pesquisa Reuters com analistas, a expectativa era de abertura de 27,5 mil postos no mês.
"O fato do mês de novembro ter representado essa recuperação significa no mínimo que o ritmo da atividade econômica está acelerado neste final de ano, sinalizando expectativas tanto de consumidores quanto de empresas mais positivas", afirmou o diretor de Emprego e Renda do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães.
Dos oito setores pesquisados, dois apresentaram resultado no azul. A liderança foi do comércio, com abertura líquida de 88.587 postos, seguido pelo setor de serviços, com saldo positivo de 34.319 vagas.
Em contrapartida, as maiores quedas foram observadas na indústria de transformação (-24.287 vagas), agropecuária (-23.692) e construção civil (-13.854).
Em relação às possibilidades abertas pelas novas leis trabalhistas, o Brasil criou 7.849 postos de trabalho intermitente e 1.734 empregos em regime de tempo parcial em novembro, sempre considerando o saldo líquido.
De janeiro a novembro, foram criados 858.415 postos, apontou o Caged, sensível melhora ante geração de 299.635 postos em igual período do ano passado.
Para dezembro deste ano, a expectativa é que o dado venha melhor que a perda líquida de 340.682 vagas no mesmo mês do ano passado, disse Magalhães.
Ele afirmou que não faria projeções para 2019, mas que o resultado deverá superar o registrado neste ano, impulsionado pela melhora da atividade econômica.
Conforme dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego do Brasil caiu pela sétima vez no trimestre até outubro e o número de desempregados recuou diante da criação de vagas nas eleições, em uma lenta recuperação do mercado de trabalho ainda marcada pelo desalento.
(Por Marcela Ayres)
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