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Itália altera medidas para impulsionar vendas de carros elétricos

23/12/2018 16h40

MILÃO (Reuters) - A Itália oferecerá subsídios de até 6 mil euros (6,82 mil dólares) para compradores de novos veículos de baixa emissão de carbono ao mesmo tempo em que estabelecerá impostos sobre a compra de carros a gasolina e diesel maiores, de acordo com medidas aprovadas no parlamento.

As medidas, que constam do orçamento italiano de 2019 aprovado pela câmara alta do parlamento no domingo, trazem mudanças em regras propostas por Roma no início deste mês, que atraíram críticas da indústria automobilística.

Sindicatos e associações do setor automotivo alertaram sobre o novo imposto proposto, afirmando que ele poderia prejudicar não apenas os fabricantes de automóveis, mas também toda a cadeia de fornecimento, custando empregos.

Os partidos dominantes da Itália-- o anti-establishment Movimento 5 Estrelas e A Liga, de direita-- têm se desentendido sobre o assunto, com o último se opondo a quaisquer novos impostos sobre carros, enquanto o 5 Estrelas elogiou as novas regras.

Em sua nova forma, os impostos propostos para carros movidos a combustíveis tradicionais não serão mais aplicados a carros familiares pequenos, mas apenas sobre veículos maiores e de maior potência, inclusive SUVs.

Um imposto de 1,1 mil euros será cobrado em novos carros a gasolina e diesel que produzam de 161 a 175 gramas de emissões de CO2 por quilômetro. O valor aumentará para 1,6 mil euros para emissões de 176 a 200 gramas e para 2 mil euros no caso de emissões de 201 a 250 gramas.

Incentivos para veículos elétricos e híbridos, por sua vez, irão variar de acordo com as emissões geradas e não se aplicarão a modelos que custam mais de 50 mil euros (57 mil dólares).

As novas medidas, que ainda precisam ser aprovadas na câmara baixa, entrarão em vigor em 1º de março e durarão até o final de 2021.

Os carros elétricos, híbridos e a gás metano representam atualmente apenas cerca de 7 por cento das vendas de carros da Itália.

Em dezembro, em reação às medidas originalmente propostas pelo governo italiano, a Fiat disse que poderia revisar seu plano de investimento na Itália se Roma aumentasse os impostos sobre os carros a gasolina e diesel. A Fiat não fez mais comentários desde as alterações nas propostas originais.

O orçamento da Itália para 2019 deve ser aprovado pela Câmara dos Deputados nesta semana.

(Por Stephen Jewkes)