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Paralisação impacta economia dos EUA enquanto democratas rejeitam convite de Trump para negociar

Visão do Capitólio, em Washington, em meio à paralisação parcial do governo americano - SAUL LOEB / AFP
Visão do Capitólio, em Washington, em meio à paralisação parcial do governo americano Imagem: SAUL LOEB / AFP

15/01/2019 17h03

WASHINGTON (Reuters) - A economia dos Estados Unidos está sofrendo um abalo maior do que o esperado com a paralisação parcial do governo, mostraram estimativas da Casa Branca nesta terça-feira (15), enquanto os democratas do Congresso rejeitaram o convite do presidente dos EUA, Donald Trump, para discutir o assunto.

A paralisação alcança seu 25º dia nesta terça-feira sem que Trump ou os líderes democratas no Congresso mostrem sinais de que vão ceder no ponto que a desencadeou --o financiamento para o muro que Trump prometeu construir ao longo da fronteira com o México.

Trump convidou um grupo bipartidário de membros do Congresso para um almoço para discutir o impasse, mas a Casa Branca disse que democratas rejeitaram o convite. Era esperado que nove republicanos comparecessem.

Trump está insistindo para que o Congresso libere US$ 5,7 bilhões no momento em que cerca de 800 mil servidores públicos federais estão sem receber durante a paralisação parcial.

"Já é a hora de democratas virem à mesa e fazerem um acordo", disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

Líderes democratas na Câmara dos Deputados disseram que não orientaram membros a boicotarem o almoço de Trump, mas que pressionaram aqueles que foram convidados a considerarem se as negociações seriam produtivas ou se seriam apenas uma oportunidade fotográfica para o presidente.

"Estamos unidos", disse o líder da maioria na Câmara, Steny Hoyer, a repórteres na manhã desta terça-feira.

A administração Trump estimou inicialmente que a paralisação custaria à economia 0,1 ponto percentual em crescimento a cada duas semanas que servidores continuassem sem pagamento.

Mas nesta terça-feira, surgiu um número atualizado: 0,13 ponto percentual a cada semana, em razão do impacto do trabalho que não está sendo executado por 380 mil servidores de folga, bem como trabalho pendente de prestadores federais, disse uma autoridade da Casa Branca.

A paralisação parcial é a mais longa da história dos Estados Unidos e seus efeitos começaram a reverberar ao redor do país.

(Por Steve Holland, Susan Cornwell, Ginger Gibson, Makini Brice e Susan Heavey)