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Representante do Comércio dos EUA não viu progresso nas negociações com a China, diz senador

15/01/2019 19h16

WASHINGTON (Reuters) - O representante do Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, não viu qualquer progresso em questões estruturais durante as negociações comerciais com a China na semana passada, disse nesta terça-feira o senador republicano Chuck Grassley, no momento em que surgem planos para discussões de nível mais elevado no fim do janeiro.

Grassley, que se reuniu com Lighthizer na sexta-feira, disse que o principal negociador comercial fez comentários positivos sobre as compras de soja pela China, que foram retomadas em quantidades modestas no mês passado após Pequim e Washington terem acertado uma trégua de 90 dias em uma guerra comercial que interrompeu o fluxo de centenas de bilhões de dólares em bens.

"Mas ele (Lighthizer) disse que não houve nenhum progresso feito em mudanças estruturais que precisam ser feitas", disse Grassley em sua entrevista telefônica semanal com repórteres, acrescentando que essas questões incluem propriedade intelectual, roubo de segredos comerciais e colocar pressão sobre corporações para compartilharem informações.

A reunião ocorreu após autoridades chinesas e norte-americanas de médio escalão se reunirem em Pequim para discutir as ofertas chinesas sobre as reclamações dos EUA sobre roubo de propriedade intelectual e aumentar compras de bens e serviços dos EUA. Ambos os lados estão tentando alcançar um acordo que evite o aumento, previsto para 2 de março, das tarifas dos EUA sobre 200 bilhões de dólares em bens chineses.

Grassley disse que autoridades chinesas devem visitar Washington para uma nova rodada de conversas em algumas semanas. "Do meu ponto de vista... a economia da China está sofrendo... há chance para progresso", disse ele.

Uma pessoa familiarizada com o planejamento do governo Trump para as negociações disse que o vice-premiê chinês, Liu He, aceitou um convite para ir a Washington para conversas com Lighthizer e com o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, em 30 e 31 de janeiro, pouco antes do Ano Novo Chinês em 5 de fevereiro.

Um porta-voz do representante do Comércio dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre os comentários feitos por Grassley a repórteres ou sobre datas específicas para a próxima rodada de negociações EUA-China. Os comentários do presidente do Comitê de Finanças do Senado abalaram brevemente o sentimento do mercado acionário dos EUA.

(Por Humeyra Pamuk)