Congresso peruano investigará consórcio da Odebrecht que contratou empresa do presidente do país
LIMA (Reuters) - O Congresso peruano aprovou nesta quarta-feira investigar um consórcio controlado pela Odebrecht, após a imprensa revelar que o grupo contratou uma empresa que foi do presidente do país, Martin Vizcarra, anos atrás.
O consórcio Conirsa contratou a empresa CYM Vizcarra entre 2006 e 2008 por 100 mil dólares como prestadora de serviços na construção de uma estrada que liga o Peru ao Brasil, trabalho que está sendo investigado porque a Odebrecht supostamente pagou subornos para ganhar o projeto, de acordo com relatórios.
Vizcarra, que assumiu o cargo em março do ano passado, após a renúncia do presidente Pedro Pablo Kuczynski, admitiu que a empresa CYM Vizcarra, agora administrada por seu irmão, fez um trabalho com o Conirsa, mas não com a Odebrecht.
A construtora é alvo de várias investigações sobre casos de corrupção que envolveram quatro ex-presidentes, autoridades e líderes políticos do país.
O porta-voz do partido de oposição Força Popular, que tem maioria no Congresso, Carlos Tubino, disse que Vizcarra não foi transparente sobre o relacionamento de sua empresa com a Odebrecht.
"Ele tinha que saber que a Conirsa, para o qual eles trabalharam, tinha 70 por cento do consórcio com a Odebrecht", disse Tubino após a aprovação do início da investigação.
O presidente Vizcarra afirmou esta semana após os relatórios sobre o caso que ele está aberto às investigações.
"Além disso, há 12 anos nenhuma das empresas que trabalhavam (com a Odebrecht) tinha problemas para contratar e não tinha reclamações sobre irregularidades", acrescentou o presidente.
(Reportagem de Marco Aquino)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.