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Polícia conclui que disparos contra deputada no Rio foram tentativa de assalto

16/01/2019 19h09

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A polícia do Rio de Janeiro concluiu que a deputada estadual Martha Rocha (PDT) não foi vítima de um atentado no último domingo, quando seu carro foi atingido por tiros, e que o caso foi uma tentativa de latrocínio, roubo seguido de morte, informou a corporação nesta quarta-feira.

Segundo a polícia, a conclusão se deve às características do crime e à forma como os criminosos agiram. O resultado das investigações, 72 horas após o episódio, saiu mais rápido do que normalmente ocorre nesses casos.

O inquérito, de acordo com a Polícia Civil, continua em andamento, mas já é possível concluir que o caso se tratou de uma tentativa de latrocínio. O governador Wilson Witzel (PSC) determinou ainda no domingo prioridade máxima nas investigações do ataque a tiros ao carro da parlamentar.

"Não há dúvidas de que se trata uma tentativa de latrocínio", disse o delegado da divisão de homicídios Giniton Lages. Martha Rocha disse após o crime que já tinha sido alertada pelo serviço de Disque Denúncia de ameaças feitas por milicianos em 2018 e que os ocupantes do carro que atiraram no veículo dela estavam com roupas pretas, tocas ninja e luvas.

"É uma primeira conclusão que surgiu e eles têm informações de que efetivamente não houve um atentado, mas uma tentativa de roubo de veículo. Não posso dizer que a investigação foi açodada. Acho que eles têm elementos para ter essa convicção", disse a deputada à Reuters. O motorista dela, um policial militar reformado foi baleado na ação, mas passa bem.

A parlamentar, que no dia do ataque a tiros estava no carro com a mãe de 88 anos, passou a andar com escolta policial oferecida pelo governo do Estado. "Estou com a escolta e pretendo continuar", acrescentou a deputada.

Este ano, uma comitiva do prefeito de Duque de Caxias (RJ), Washington Reis, também foi atacado a tiros após visita a uma comunidade da cidade da Baixada Fluminense.

Há 10 meses, a vereadora Marielle Franco e o motorista dela Anderson Gomes foram mortos em um atentado na zona norte da cidade. O caso, de repercussão mundial, ainda não foi solucionado.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)