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Bolsonaro diz que errou ao ser contra reformas anteriores e pede que Congresso aperfeiçoe proposta

20/02/2019 13h29

Por Lisandra Paraguassu e Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - Ao levar a nova proposta de reforma da Previdência ao Congresso, na manhã desta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que errou no passado ao votar contra reformas anteriores e que conta com os parlamentares para aperfeiçoarem a proposta.

"O projeto vai ser aperfeiçoado pelos senhores e senhoras. Isso é importantíssimo porque a responsabilidade é de todos nós e temos que, juntos, realmente mostrar para nós mesmos que erramos no passado --eu errei no passado-- e temos uma oportunidade ímpar de garantir para futuras gerações uma previdência que todos possam receber", disse o presidente, durante a cerimônia no Congresso, onde a proposta foi entregue ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Em reformas anteriores, Bolsonaro costumeiramente votou contra alternativas para a Previdência. Mesmo durante as negociações da reforma proposta pelo ex-presidente Michel Temer, quando ainda era pré-candidato à Presidência, o presidente deu declarações contrárias à reforma.

Ao entregar a proposta a Maia, Bolsonaro disse que ia à Câmara também como amigo e contava com a ajuda dos parlamentares.

"É o futuro do nosso Brasil. O Brasil conta conosco. Sabemos que alguns setores da sociedade vão ter que contribuir um pouco mais, exatamente quem pode mais vai contribuir com mais, quem pode menos vai contribuir com menos. E contamos com os senhores e senhoras parlamentares para aperfeiçoar o projeto. O Brasil precisa sair dessa situação crítica que vivemos nesse momento", defendeu o presidente.

Maia, por sua vez, levantou um tema que tem sido caro ao Congresso desde as negociações da reforma proposta por Temer: a comunicação com a sociedade.

"O nosso grande desafio é que cada um de nós tenha capacidade de comunicar em seus ambientes o que significa o sistema previdenciário atual, quem ele beneficia e o que queremos no futuro. É o mais importante pela minha experiência como presidente da Câmara. Nós vimos a reforma do presidente Temer ser desconstruída com falsas informações", disse Maia.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou ainda que os senadores pretendem acompanhar as negociações da proposta na Câmara e fazer sugestões.

"Se nós pudermos dar as sugestões necessárias para o debate na Câmara, se Deus permitir, nos próximos dois a três meses chegaremos ao Senado com essa proposta pronta para ser votada", afirmou.