Petrobras desocupará prédio na Paulista para reduzir custos e avalia plano de demissão
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras informou nesta terça-feira que deverá desocupar, até junho, sete andares hoje alugados pela empresa para abrigar a sede administrativa (Edisp) em São Paulo, com o objetivo de economizar mais de R$ 100 milhões no horizonte do plano de negócios 2019/2023.
Segundo comunicado da empresa, para reduzir custos na unidade de São Paulo, a estatal estuda ainda realizar um Programa de Desligamento Voluntário (PDV) e um Programa de Desligamento por Acordo Individual.
"Como os estudos estão em curso, ainda não há detalhes ou cronogramas definidos", disse a empresa, sem citar quantos funcionários poderão ser envolvidos no programa.
O Edisp, na Avenida Paulista, conta com mais de 400 trabalhadores próprios, segundo informações do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo.
Segundo a Petrobras, o Edisp é o prédio mais caro hoje mantido pela estatal.
"Estudos estão sendo feitos para determinar atividades que podem migrar para outros imóveis. Os gestores responsáveis pelas atividades que hoje são realizadas no prédio estão avaliando quais delas realmente precisam permanecer na capital paulista e quais podem ser realocadas em outros imóveis da companhia no Estado, como a sede da UO-BS (Unidade de Operações da Bacia de Santos) ou as refinarias, ou mesmo na sede, no Rio de Janeiro", disse a empresa.
A manifestação da petroleira ocorreu após sindicatos afirmarem que demissões são esperadas, diante da medida da Petrobras.
Os funcionários que continuarem na companhia serão transferidos, de acordo com uma nota do sindicato.
"Estão conversando com as Unidades para definir a quantidade de vagas, mas não haverá vagas para todos os empregados; o processo será rápido, bem como a transferência das pessoas", afirmou o comunicado do sindicato, que destaca que está ocorrendo "uma redução de atividades em São Paulo e não somente uma desmobilização de prédio".
O movimento da Petrobras ocorre em meio a planos de vendas de ativos, como refinarias, já sinalizados pelo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
O processo de redução do quadro de funcionários da Petrobras não é de hoje. A empresa realizou em passado recente planos de demissões voluntárias, o que voltará a acontecer para atender os trabalhadores da capital paulista, segundo o sindicato, que disse que o programa será realizado entre os meses de abril e maio.
A Petrobras busca vender ativos considerados menos importantes para se concentrar no desenvolvimento e produção do pré-sal.
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