Ibovespa recua com cautela antes de Fed e de olho em Previdência
Por Stefani Inouye
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista recuava nesta quarta-feira, enquanto investidores aguardavam mais novidades sobre o andamento da reforma da Previdência e o fim de uma reunião de política monetária de dois dias do Federal Reserve.
Às 11:37, o Ibovespa caía 0,3 por cento, a 99.292,1 pontos. O volume financeiro era de 3,57 bilhões de reais.
Para Felipe Bevilacqua, economista-chefe da consultoria independente de investimentos Levante, o movimento do índice deve-se ao clima de cautela presente nos mercados. "Está todo mundo de olho nas novidades sobre a reforma da Previdência dos militares e nas perspectivas do Fed para os próximos meses", afirmou.
Na véspera, o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que todas as alternativas que estão sendo consideradas para o projeto que reforma a Previdência dos militares garantem uma economia para o Tesouro em 10 anos.
Investidores aguardavam a provável entrega do projeto que reformula a aposentadoria dos militares ao Congresso Nacional nesta quarta-feira.
No cenário externo, as expectativas de que o Federal Reserve mantenha a taxa de juros e reforce a postura 'dovish' já estão em boa parte precificadas pelo mercado, mas a atenção se voltava ao número de altas projetadas para o resto do ano.
Wall Street operava no vermelho, em clima de cautela, enquanto os preços do petróleo recuavam com preocupações sobre o impacto do crescimento econômico global sobre a demanda de combustível.
DESTAQUES
- ELETROBRAS recuava 1,38 por cento, tendo como pano de fundo notícia de que Ministério da Economia estuda mudar o processo de privatização da companhia e fazer em separado a capitalização das subsidiárias da estatal, em vez de um único movimento para toda a empresa.
- ITAÚ UNIBANCO PN tinha queda de 0,47 por cento, enquanto BRADESCO PN caía 0,65 por cento, contribuindo para o movimento de queda do Ibovespa, dado o peso desses papeis em sua composição.
- PETROBRAS PN valorizava-se 0,79 por cento, e PETROBRAS ON subia 1,56 por cento, contrariando o recuo dos preços do petróleo no exterior.
- COSAN subia 1,81 por cento, um dia após empresa promover encontro com investidores, no qual apresentou projeções atualizadas para todos os seus negócios em 2019.
- MARFRIG avançava 0,98 por cento, ainda repercutindo noticiário de que Estados Unidos e Brasil concordaram com algumas medidas destinadas a reduzir barreiras para o comércio agrícola, focando em trigo e carnes suína e bovina, em visita do presidente Jair Bolsonaro à Washington.
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