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Dólar vira e passa a cair ante real com trégua em cena política doméstica e exterior ameno

28/03/2019 15h34

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista abandonou a alta e passava a operar em firme baixa ante o real na tarde desta quinta-feira, enquanto no mercado futuro a moeda norte-americana seguia em firme queda, em meio à descompressão do sentimento de risco da véspera com expectativas de definição do relator da CCJ para a reforma da Previdência ainda para esta sessão.

Às 15:33, o dólar recuava 1,10 por cento, a 3,9110 reais na venda.

Os discursos mais apaziguadores de autoridades do governo, incluindo o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ajudam a reduzir a tensão no mercado neste pregão.

Já o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que "se Deus quiser" o nome do relator da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados será definido nesta quinta-feira.

Logo após a abertura, a cotação cruzou a resistência dos 4,00 reais e bateu 4,0165 reais, máxima desde o começo de outubro do ano passado.

Em seguida, porém, um firme movimento de realização de lucros começou a predominar no mercado, o que enfraqueceu o dólar e levou no começo da tarde a moeda norte-americana a operar em queda.

Apenas na quarta-feira, fundos de investimento compraram, em termos líquidos, cerca de 2 bilhões de dólares em contratos de dólar futuro, cupom cambial e swap cambial.

Operadores comentam, contudo, que o melhor termômetro para o sentimento no mercado de câmbio nesta sessão é o dólar futuro, que opera em queda desde cedo. Na véspera, o mercado futuro captou a nova rodada de troca pública de farpas entre Bolsonaro e Maia. No fim do dia, o dólar futuro havia superado os 4,00 reais.

Nesta quinta-feira, a referência do dólar futuro na B3 cedia cerca de 2 por cento.

As vendas de dólares no Brasil também encontram espaço conforme o ambiente externo reduz o risco embutido. Moedas emergentes de perfil semelhante ao real, como peso mexicano e rand sul-africano, zeraram as perdas ante o dólar, oscilando em leve apreciação.

(Por José de Castro)