Gastos do consumidor dos EUA têm pouca elevação em janeiro
WASHINGTON (Reuters) - Os gastos do consumidor nos Estados Unidos se recuperaram menos do que o esperado em janeiro e os rendimentos subiram modestamente em fevereiro, sugerindo que a economia está perdendo força rapidamente após o crescimento desacelerar no quarto trimestre.
O Departamento do Comércio informou nesta sexta-feira que os gastos do consumidor, responsáveis por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, subiram 0,1 por cento, com as famílias norte-americanas reduzindo as compras de veículos. Os dados de dezembro foram revisados para baixo, mostrando os gastos do consumidor caindo 0,6 por cento em vez de 0,5 por cento relatado anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam que os gastos dos consumidores aumentariam 0,3 por cento em janeiro. A divulgação dos dados de consumo de janeiro foi adiada por uma paralisação parcial de cinco semanas do governo federal que terminou em 25 de janeiro.
Quando ajustados pela inflação, os gastos do consumidor ganharam 0,1 por cento em janeiro, após uma queda não revisada de 0,6 por cento em dezembro.
O fraco relatório de gastos do consumidor ampliou a série de dados fracos que vão de construção de moradias até atividade industrial, e que sinalizam uma forte desaceleração no crescimento econômico no início do primeiro trimestre. A economia está perdendo força, conforme os efeitos do estímulo do pacote de cortes de impostos de 1,5 trilhão de dólares e do aumento de gastos do governo se dissipam.
As perspectivas também estão sendo ofuscadas pela desaceleração do crescimento global, guerra comercial entre Pequim e Washington e pela incerteza sobre a saída do Reino Unido da União Europeia.
Esses crescentes desafios, juntamente com a inflação favorável, ajudaram a decisão do Federal Reserve na semana passada de encerrar sua campanha de três anos de aperto monetário. O banco central dos EUA abandonou suas projeções para qualquer aumento da taxa de juros neste ano, depois de elevar os custos de empréstimos quatro vezes em 2018.
As previsões do Produto Interno Bruto para o primeiro trimestre chegam a apenas 0,9 por cento em dado anualizado. A economia norte-americana cresceu 2,2 por cento no quarto trimestre.
Em janeiro, os gastos com bens caíram 0,2 por cento depois de declinarem 2,4 por cento em dezembro. Essa foi a segunda queda mensal nos gastos com produtos. Os gastos com serviços aumentaram 0,2 por cento depois de terem subido 0,3 por cento no mês anterior.
Com a desaceleração da demanda, as pressões inflacionárias foram moderadas em janeiro. O núcleo do índice de preços PCE, que exclui os componentes voláteis de alimentos e energia, subiu 0,1 por cento, após avanço de 0,2 por cento em dezembro. Isso reduziu o aumento na base anual para 1,8 por cento, de 2,0 por cento em dezembro.
O núcleo do índice de preços PCE é a medida de inflação preferencial do Fed. Ela atingiu a meta de inflação de 2 por cento do banco central em março do ano passado pela primeira
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