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"Reforma da Previdência, sem excluir outras, é uma necessidade", diz relator da CCJ

08/04/2019 19h37

BRASÍLIA (Reuters) - O relator da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), afirmou, em publicação nas redes sociais nesta segunda-feira, que se coloca como favorável à proposta do governo do presidente Jair Bolsonaro.

"É difícil fazer o que deve ser feito! É preciso dizer o que deve ser dito! A reforma da Previdência, sem excluir outras, é uma necessidade! O Congresso Nacional é soberano e saberá encontrar a melhor solução que o Brasil verdadeiramente exige! Estamos apenas fazendo a nossa parte e não hesitaremos em cumprir com o nosso dever à nação!", disse Freitas.

Na terça-feira, o deputado vai apresentar à CCJ seu relatório sobre se aceita os aspectos legais e constitucionais da reforma de Bolsonaro.

O relator, entretanto, não adianta na publicação das redes sociais seu posicionamento. Ele cita uma série de números para demonstrar o peso da Previdência nas contas públicas e apontar que, em 2019, as despesas com essa rubrica "devem superar em mais de três vezes os gastos com saúde, educação e segurança pública".

"Sendo assim, os gastos previdenciários do governo federal ficarão, segundo o Orçamento em vigor, 540 bilhões de reais acima das despesas com saúde, educação e segurança pública, que são justamente os problemas sociais mais graves e urgentes, de acordo com diversos levantamentos junto à população brasileira!", afirmou o deputado do PSL, partido de Bolsonaro.

O relator defendeu ainda que o combate à fraude e à corrupção deve ser fortalecido e disse que justamente para isso o governo editou a medida provisória 871, destinada a combater as fraudes na Previdência, assim como o pacote anticrime, do ministro da Justiça, Sérgio Moro, ambas propostas já em andamento no Congresso.

"Essas medidas andam juntas com a reforma! Falo isso como uma das pessoas que mais coordenou ações de combate à corrupção na história da Polícia Federal!", disse o deputado, que é delegado de Polícia Federal de carreira.

(Reportagem de Ricardo Brito; Edição de Eduardo Simões)