Pauta da CCJ terá votação da reforma da Previdência em primeiro lugar, diz Marinho
BRASÍLIA (Reuters) - O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou nesta sexta-feira que a reforma da Previdência será colocada como primeiro item para votação na pauta da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira, dia 17.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Marinho afirmou que a informação foi passada pelo presidente do colegiado, deputado Felipe Francischini (PSL-PR).
Sobre a possibilidade de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do orçamento impositivo ser avaliada antes na CCJ, atrasando a análise da matéria que é considerada crucial pelo governo para recolocar as contas públicas em ordem, Marinho destacou que Francischini publicará nesta sexta-feira a pauta da comissão "onde se coloca que será primeiro discutida e votada a PEC da Previdência".
Marinho defendeu que a Comissão Especial da reforma da Previdência -- etapa seguinte pela qual passará a PEC na Câmara após a aprovação pela CCJ -- é o espaço adequado para discussão de eventuais mudanças no texto que muda as regras de acesso à aposentadoria.
"Procrastinar não interessa a ninguém", afirmou ele. "Estamos em situação em que o principal problema que o Brasil tem nas suas contas públicas é a pressão permanente do aumento do déficit previdenciário."
Segundo Marinho, o governo lançará nova campanha de comunicação sobre a reforma nos próximos 10 a 15 dias, após o presidente Jair Bolsonaro anunciar há poucos dias o empresário Fábio Wajngarten como chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), em substituição a Floriano Amorim.
Sobre eventual entrave à tramitação da reforma da Previdência com o interesse do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em tocar adiante uma reforma tributária, Marinho afirmou ter certeza que a proposta previdenciária será aprovada independentemente disso e que Maia será "grande aliado nesse processo".
"Rodrigo é presidente do Parlamento como um todo. Ele não é líder do governo, ele tem que levar em consideração o que outros segmentos do Parlamento pensam", disse.
(Por Marcela Ayres)
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