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Klabin vai investir R$9,1 bi no projeto Puma II até 2023

16/04/2019 19h17

SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante de papel e celulose Klabin anunciou nesta terça-feira que aprovou a expansão de capacidade no segmento de papéis para embalagem, o projeto Puma II, que vai consumir investimentos de 9,1 bilhões de reais até 2023.

Puma II, resultado de um estudo para expansão orgânica da empresa, abrange a construção de duas máquinas de papel, com produção de celulose na unidade na cidade de Ortigueira (PR).

O anúncio acontece cerca de três meses após a conclusão da fusão entre duas rivais da Klabin, pela qual a Suzano incorporou a Fibria, criando a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo.

Segundo a Klabin, a capacidade total das máquinas de Puma II será de 920 mil toneladas anuais de papéis Kraftliner. Na Unidade Puma, a Klabin já produz celulose branqueada (fibra curta, fibra longa e fluff), com capacidade anual de 1,6 milhão de toneladas.

O Puma II será dividido em duas etapas. A primeira envolve a construção de uma linha de fibras para produzir celulose não branqueada integrada a uma máquina de papel Kraftliner e Kraftliner Branco, que serão comercializados sob a marca Eukaliner, com capacidade de 450 mil toneladas anuais.

A segunda etapa do projeto contempla a construção de uma linha de fibras complementar integrada a uma máquina de papel Kraftliner com capacidade de 470 mil toneladas anuais e expansão de algumas estruturas de apoio.

O cronograma prevê que as obras de cada etapa durem 24 meses, sendo que o início da construção da segunda etapa será logo após o término da primeira. O início da primeira máquina está programado para o segundo trimestre de 2021, e o da segunda, para o segundo trimestre de 2023.

Cerca de dois terços dos desembolsos ocorrerão entre 2019 e 2021. O projeto será financiado com caixa próprio da companhia, podendo ser complementado com financiamentos.

Segundo a Klabin, Puma II pode criar até 9 mil empregos.

No fato relevante, a Klabin argumentou que o mercado mundial de embalagens teve forte crescimento nas últimas décadas, principalmente em países emergentes, impactando a demanda.

"O consumo global de papel para embalagens, que era de cerca de 60 milhões de toneladas em 1990, hoje é da ordem de 170 milhões de toneladas, conforme apuração da consultoria Pöyry. A mesma consultoria estima crescimento global no mercado de papéis para embalagens até 2025 de 2,4 por cento ao ano", diz trecho do documento.

(Por Aluísio Alves)