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Vendas de moradias usadas nos EUA caem mais do que o esperado em março

22/04/2019 11h09

WASHINGTON (Reuters) - As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos caíram mais do que o esperado em março, apontando para uma fraqueza contínua no mercado imobiliário, apesar da queda nos juros de hipotecas e da desaceleração dos preços dos imóveis residenciais.

A Associação Nacional de Corretores de Imóveis informou nesta segunda-feira que as vendas de imóveis residenciais usados caíram 4,9 por cento, para uma taxa anual de 5,21 milhões de unidades no mês passado, com ajuste sazonal. O ritmo de vendas de fevereiro foi revisado para 5,48 milhões de unidades em relação aos 5,51 milhões de unidades anteriormente divulgado.

Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas de moradias usadas cairiam 3,8 por cento, para uma taxa de 5,30 milhões de unidades no mês passado. As vendas de moradias usadas, que representam cerca de 90 por cento das vendas de residências nos EUA, caíram 5,4 por cento em relação ao ano passado. Essa foi a 13ª queda consecutiva nas vendas de casas na comparação anual.

A queda dos juros de hipotecas, o fortalecimento dos salários e a desaceleração da inflação de imóveis melhoraram a acessibilidade, mas a oferta de moradias continua apertada, especialmente na extremidade inferior do mercado, já que a escassez de terra e mão-de-obra dificulta o aumento das construções neste segmento de mercado.

Uma pesquisa na semana passada mostrou que, embora os construtores tenham relatado uma forte demanda por novas moradias em abril, eles também reclamaram de "preocupações com acessibilidade devido a uma escassez crônica de trabalhadores da construção civil e lotes onde se pode construir".

No mês passado, as vendas de moradias usadas caíram em todas as quatro regiões. Havia 1,68 milhão de casas no mercado em março, ante 1,63 milhão em fevereiro. No ritmo de vendas de março, levaria 3,9 meses para esgotar o estoque atual, acima dos 3,6 meses em fevereiro.

O Departamento de Comércio informou na última sexta-feira que o início de construção de novas moradias caiu para uma taxa de 1,139 milhão de unidades em março, o nível mais baixo desde maio de 2017.

(Por Lucia Mutikani)