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Crescimento do PIB dá vantagem aos EUA nas negociações comerciais com a China, diz Kudlow

26/04/2019 13h40

Por Jeff Mason e Jason Lange

WASHINGTON (Reuters) - O forte crescimento econômico e a inflação modesta nos Estados Unidos estão favorecendo Washington em relação a Pequim durante as negociações comerciais, disse o principal assessor econômico da Casa Branca nesta sexta-feira, enquanto negociadores norte-americanos e chineses se preparam para uma nova rodada de reuniões na semana que vem.

Larry Kudlow, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, também disse em entrevista ao canal CNBC que um forte crescimento pode dar espaço ao banco central dos EUA para reduzir a taxa de juros.

Seu discurso veio após o Departamento de Comércio informar que o crescimento econômico dos EUA no primeiro trimestre acelerou para uma taxa anualizada de 3,2 por cento, impulsionado por um déficit comercial menor e um salto nos estoques das empresas.

"Espero que mais progresso seja feito, estou cautelosamente otimista sobre o resultado para um acordo", disse Kudlow sobre as negociações da próxima semana.

"A economia da China está em forte desaceleração há um tempo", acrescentou Kudlow. "A economia dos EUA, como eu já disse, está neste ciclo de prosperidade sem sinal de encerramento. Então, acreditamos que isso nos dá alguma vantagem, se quisermos, mas acreditamos também que a China pode estar aberta a muitas reformas comerciais boas."

O presidente dos EUA, Donald Trump, repetiu nesta sexta-feira que as negociações comerciais da China estão "indo muito bem", um dia depois de ter dito que logo receberá o presidente chinês, Xi Jinping, na Casa Branca. Trump disse que espera finalizar um acordo em uma reunião com Xi.

Questionado sobre as perspectivas de uma reunião como esta no canal de notícias Fox News, Kudlow disse que Trump gostaria de se encontrar com Xi e fechar um acordo se for "um grande acordo para os EUA". "(Mas) ainda não estamos lá."

As duas maiores economias do mundo estão presas em uma guerra tarifária há quase dez meses, cobrando centenas de bilhões de dólares em impostos sobre os produtos uns dos outros e tentando negociar um acordo para dar fim às disputas.