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Lucro do Santander Brasil supera estimativas no 1º tri, mas crédito desacelera

30/04/2019 08h40

SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Santander Brasil superou as projeções de lucro no primeiro trimestre, embora o ritmo de crescimento em sua carteira de empréstimos tenha desacelerado, conforme balanço divulgado nesta terça-feira.

O lucro líquido recorrente da unidade brasileira do Banco Santander subiu 21,9%, para R$ 3,485 bilhões, e superou os R$ 3,296 bilhões estimados pelos analistas, segundo dados da Refinitiv.

Uma queda de 2,1% nas provisões para perdas com empréstimos ano contra ano, para R$ 2,596 bilhões, ajudou o banco a bater as projeções.

O retorno sobre o patrimônio (ROE) do banco permaneceu estável em 21,1%, mas superou as expectativas dos analistas.

A carteira de crédito do Santander Brasil permaneceu em R$ 386,9 bilhões, estável em relação ao trimestre anterior, embora os empréstimos para os consumidores tenham crescido.

Empréstimos

O banco vinha superando seus concorrentes em trimestres anteriores, concedendo empréstimos a consumidores não atendidos por outros bancos tradicionais.

O segundo maior banco privado do país, porém, está reduzindo a distância do ritmo do Santander. O banco Bradesco informou na semana passada que aumentou sua carteira de crédito em 3,1% no primeiro trimestre.

As receitas de tarifas do Santander Brasil caíram 4,1% no trimestre devido a vendas mais fracas de seguros e cartões de crédito.

Ainda assim, o Brasil representou 29% do maior banco da zona do euro em valor de mercado no primeiro trimestre. A importância da América Latina aumentou para o Santander, já que seus negócios na região registraram maior crescimento de rentabilidade, compensando os menores ganhos na Europa.

A taxa de inadimplência de 90 dias do Santander Brasil também permaneceu estável em 3,1% em relação ao trimestre anterior.

O presidente-executivo, Sergio Rial, que também se tornou chefe regional do banco para a América do Sul no início deste mês, discutirá os resultados do primeiro trimestre com analistas e jornalistas.

(Reportagem de Carolina Mandl)