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Custo menor da dívida leva Rumo a lucro no 1º tri

09/05/2019 20h09

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A redução dos custos financeiros levou a Rumo do prejuízo para o lucro no primeiro trimestre, uma vez que a melhora dos resultados operacionais da companhia de logística da Cosan foi compensada por aumento de despesas.

A Rumo anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de 27 milhões de reais no primeiro trimestre, após prejuízo de 59 milhões de reais um ano antes.

Numa mão, o volume total transportado pela companhia no período foi 12,5 por cento maior ano a ano, a 13,3 bilhões de TKUs, impulsionado pela antecipação da safra de soja. E o volume de elevações nos terminais da Rumo no Porto de Santos (SP) cresceu 14 por cento, para 2,8 milhões de toneladas.

Com isso, a receita líquida da Rumo somou 1,635 bilhão de reais de janeiro a março, montante 17,1 por cento maior no comparativo anual. E o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização, na sigla em inglês), foi de 802 milhões de reais, alta de 12,7 por cento ano a ano.

Porém, os custos dos serviços prestados evoluíram 18,6 por cento, afetados por um deslizamento de barreiras na Serra de Santos e pelo maior uso de caminhões para transporte de açúcar. A margem Ebitda caiu 1,9 ponto percentual, para 49 por cento.

O fiel da balança foi a redução do resultado financeiro negativo em 14,3 por cento, a 325 milhões de reais, refletindo a troca de dívidas mais caras por outras com custo mais baixo e pela queda do CDI.

A alavancagem financeira da Rumo, que venceu em março o leilão de concessão da ferrovia Norte-Sul com um lance de 2,7 bilhões de reais, manteve-se em 2,1 vezes no comparativo anual, pela medição da relação dívida líquida/Ebitda.

Os números de 2018 foram apresentados na base pro-forma, segundo a Rumo para permitir melhor comparabilidade. Neste ano, a empresa passou a usar a norma contábil IFRS 16.

No documento, a empresa afirmou que espera concluir em breve a renovação da concessão da Malha Paulista. Afirmou ainda que seu segundo trimestre deve ser mais desafiador no transporte de soja devido à redução da safra, mas que tem expectativa positiva para a safra de milho.