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Francês Casino estuda opções para ativos na América Latina

09/05/2019 09h16

Por Dominique Vidalon

PARIS (Reuters) - O varejista francês Casino, que tem vendido ativos para cortar dívidas e acalmar investidores, disse nesta quinta-feira que está revendo opções estratégicas na América Latina.    

O Casino, que controla o Grupo Pão de Açúcar (GPA), divulgou comunicado após o jornal O Globo dizer que a empresa francesa deve anunciar "nos próximos dias" um plano para combinar seus ativos na América Latina.    

Citando reportagens da imprensa sobre planos na América Latina, o Casino disse que "que está estudando diferentes opções estratégicas nesta região como parte da permanente revisão dos seus investimentos".    

"Essas reflexões não resultam em nenhum elemento material que justifique um anúncio ao mercado", acrescentou.    

O Casino também controla o Assaí e a Via Varejo no Brasil e o Grupo Exito na Colômbia, Argentina, Uruguai e Chile.    

A América Latina, e particularmente o Brasil, é um dos principais mercados do grupo Casino, e a região ajudou a compensar um desempenho mais fraco na França, onde o Casino tem enfrentado guerras de preços entre as empresas de supermercados.    

O Casino teve vendas no varejo de 15,6 bilhões de euros na América Latina em 2018, representando 42,5 por cento das vendas totais do grupo. O lucro operacional da região foi de 644 milhões, representando 53 por cento do lucro do grupo.    

O desempenho robusto do Brasil, segundo maior mercado do Casino depois da França, tem sido em grande parte impulsionado pelas lojas Assai, com o país saindo de uma recessão.    

O GPA detém uma participação de 36,27 por cento na varejista de produtos eletrônicos de consumo Via Varejo, empresa que está tentando vender desde novembro de 2016.    

Em comunicado na semana passada, a Via Varejo informou que seu conselho estava propondo a remoção de cláusula do estatuto que exige uma oferta pública para todos os acionistas se um investidor comprar uma fatia maior que 20 por cento.     

A Via Varejo disse que a mudança na cláusula, em geral vista como proteção contra aquisições, é positiva para a empresa.    

Na quarta-feira, o GPA reportou lucro líquido consolidado de 164 milhões de reais no primeiro trimestre, queda de cerca de 27,4 por cento ante desempenho de um ano antes.