Lucro da Cosan sobe 14,5% no 1º tri; previsão de moagem Raízen 19/20 é mantida
SÃO PAULO (Reuters) - A empresa de infraestrutura e energia Cosan informou nesta segunda-feira que registrou lucro líquido de 395,7 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 14,5% na comparação anual.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou 1,4 bilhão de reais, aumento de 21,4% no comparativo anual.
A Cosan, sócia da Shell na joint venture Raízen, informou que a sua unidade de produção de açúcar e etanol fechou a temporada 2018/19 (encerrada em março) com moagem de 59,7 milhões de toneladas de cana, queda anual de 2%, com redução de 6% da produtividade do canavial.
Já a produção de açúcar equivalente caiu 3 por cento na safra, com foco na maximização da fabricação do etanol, atingindo um nível recorde de 52% do mix (versus 45% em 2017/18), capturando uma maior rentabilidade frente ao adoçante.
Para a nova temporada (2019/20), o maior grupo sucroenergético do mundo prevê processar entre 61 milhões e 63 milhões de toneladas de cana, mantendo previsão divulgada em março que aponta para um aumento de até 5,5 por cento na moagem da safra.
A Cosan não divulgou guidance para a produção de açúcar e etanol.
O Ebtida da Raízen Energia na nova safra de cana foi estimado entre 3,4 bilhões e 3,8 bilhões de reais, forte aumento ante os 2,9 bilhões de 2018/19.
No primeiro trimeste civil, o Ebitda ajustado da unidade atingiu 927 milhões (-7%), resultado dos menores preços de vendas do açúcar, parcialmente compensado pelo maior volume comercializado de açúcar e etanol próprios no trimestre.
No primeiro trimestre, período de entressafra, a moagem de cana foi praticamente inexistente.
RAÍZEN COMBUSTÍVEIS
As vendas de combustíveis da Raízen Combustíveis Brasil aumentaram 3% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, com destaque para as vendas de etanol, que cresceram 30%, diesel (+3%) e combustíveis para aviação (+5%).
No ciclo-otto (gasolina e diesel), o volume vendido no trimestre foi 2% superior, mas estável quando medido em gasolina equivalente, com maior participação do etanol no mix de vendas.
O Ebitda ajustado da unidade somou 714 milhões de reais no primeiro trimestre, queda de 2%, informou a empresa, destacando que a volatilidade de preços "trouxe desafios e oportunidades".
(Por Roberto Samora)
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