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Bolsonaro diz que manifestantes foram usados como massa de manobra por "bando do Lula livre"

17/05/2019 10h03

(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, nesta sexta-feira, manifestantes que foram às ruas de diversas cidades do país nesta semana para protestar contra o congelamentos de verbas do Ministério da Educação, dizendo que muitos foram usados como massa de manobra de uma campanha pela soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Dilma cortou 10 bilhões da Educação e doou 50 bilhões para países amigos (algumas ditaduras). Quem participou dessa última manifestação e não tinha conhecimento disso eu lamento, mas (eles) foram usados como massa de manobra pelo bando do 'Lula livre'", disse Bolsonaro em publicação no Twitter, citando a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.

Bolsonaro já havia afirmado na quarta-feira, dia do protesto que reuniu dezenas de milhares de pessoas em cidades de todos os Estados do país, que os manifestantes eram "idiotas úteis, uns imbecis, que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades federais do Brasil".

Professores, estudantes, sindicalistas e integrantes de movimentos sociais protestaram em manifestações convocadas pela União Nacional dos Estudantes (UNE) depois da divulgação do bloqueio de recursos na área de educação.

Em uma sequência posterior de tuítes, Bolsonaro defendeu o contingenciamento de gastos promovido pelo governo, dizendo que as alternativas seriam imprimir dinheiro e gerar inflação ou cometer crime de responsabilidade fiscal.

"Quem finge não entender essa lógica age como um abutre, aguardando ansiosamente pelo mal do Brasil para no fim se alimentar dele", afirmou.

"Temos trabalhado de modo a conter essas ações, necessárias pela herança dos rombos causados pelo desgoverno do PT, e manter, na medida do possível, a destinação dos recursos para áreas essenciais, mesmo com pouco dinheiro, mas existe uma realidade e não podemos extrapolá-la."

O governo anunciou em março um bloqueio de cerca de 30 bilhões de reais para garantir o cumprimento da meta fiscal deste ano, após revisar para baixo as receitas contabilizadas para 2019, esperando menos royalties de petróleo e uma arrecadação mais tímida em função da lenta retomada econômica.

Um novo contingenciamento está previsto para ser anunciado nos próximos dias.