Justiça retira embargo à produtora de alumina Alunorte, diz Norsk Hydro
OSLO/SÃO PAULO (Reuters) - A Justiça Federal em Belém revogou um embargo à refinaria de alumina Alunorte, que operava há mais de um ano com metade de sua capacidade, informou a norueguesa Norsk Hydro em comunicado nesta segunda-feira.
A unidade, maior fabricante global de alumina e fornecedora fundamental da indústria de alumínio, estava operando com restrições por decisão judicial devido à descoberta de despejos ilegais de efluentes não tratados pela fábrica na floresta amazônica, em fevereiro do ano passado.
A retomada na Alunorte pode alavancar o lucro da Hydro no curto prazo, disse recentemente a presidente-executiva da empresa, Hilde Merete Aasheim.
A empresa afirmou também que a produção na mina de bauxita (matéria-prima da alumina) da Hydro em Paragominas será ampliada conforme a velocidade da retomada de produção na Alunorte.
Uma decisão de aumentar também a produção na planta de alumínio primário Albras, da qual a Hydro é acionista, é esperada em breve, disse a Hydro em comunicado nesta segunda-feira.
A decisão do tribunal federal de levantar o embargo vem após uma audiência no mês passado.
A empresa acrescentou que a Alunorte poderá alcançar de 75% a 85% de utilização dentro de dois meses.
"A retomada da produção na Alunorte é um passo importante para a produção normal em nossas operações estrategicamente importantes no Pará e uma base para nossa agenda para fortalecer a robustez e a lucratividade em toda a cadeia de valor", disse a CEO da empresa em nota nesta segunda-feira.
A Alunorte tem capacidade de produção anual de 6,3 milhões de toneladas.
A previsão é que um filtro prensa adicional entre em operação na unidade no terceiro trimestre de 2019, aumentando ainda mais a capacidade a partir de então.
A empresa destacou, no entanto, que continua em vigor um embargo da Justiça Federal que impede o uso pela Alunorte de sua nova área de Depósito de Resíduos de Sólidos (DRS2).
"Vamos nos concentrar em elevar a produção de forma segura, após vários meses de operações interrompidas, bem como continuar trabalhando para também retirar os embargos da nova área de depósito de resíduos de bauxita, o DRS-2", disse o vice-presidente executivo da área de negócios de Bauxita e Alumina, John Thuestad.
A empresa acrescentou que, enquanto isso, continuará a utilizar o depósito DRS1- "com a moderna tecnologia do filtro prensa".
Não ficou imediatamente claro se a empresa poderá voltar a operar com 100 por cento da capacidade caso o embargo ao DRS2 continue em vigor.
(Por Terje Solsvik; reportagem adicional de Roberto Samora em São Paulo)
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