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China está pronta para mais negociações comerciais com os EUA, diz embaixador

Por David Lawder e Michael Martina

22/05/2019 07h44

WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) - Pequim está pronta para retomar as negociações comerciais com Washington, disse o embaixador da China nos Estados Unidos, Cui Tiankai, no momento em que um lobby norte-americano afirmou que quase metade de seus membros vê retaliação com barreiras não tarifárias na China devido à guerra comercial.

Nenhuma outra negociação comercial entre representantes chineses e norte-americanos foi marcada desde que a última rodada terminou em 10 de maio, mesmo dia em que o presidente dos EUA, Donald Trump, aumentou as tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses e adotou medidas para taxar todas as importações remanescentes.

As negociações azedaram com força desde o início de maio, quando autoridades chinesas buscaram importantes mudanças ao texto de um acordo proposto que o governo dos EUA diz ter sido finalizado.

Mas falando ao Fox News Channel, o embaixador chinês em Washington disse que Pequim ainda está aberta a negociações.

"A China permanece pronta para continuar as negociações com nossos colegas norte-americanos para chegar a uma conclusão. Nossa porta ainda está aberta", disse Cui na terça-feira.

Ele culpou o lado norte-americano por frequentemente "mudar de ideia".

Cui virou o jogo e disse que foram negociadores dos EUA que recuaram abruptamente de alguns acordos anteriores que haviam sido definidos ao longo do último ano.

"Ficou bastante claro que é o lado dos EUA que mais de uma vez mudou de ideia do dia pra noite e quebrou o acordo preliminar já alcançado", disse Cui. "Então ainda estamos comprometidos com o que quer que concordemos fazer, mas é o lado dos EUA que mudou de ideia muitas vezes."

As empresas dos EUA começam a enfrentar retaliação na China pela guerra comercial.

A Câmara Americana de Comércio da China e a entidade em Xangai, citando uma pesquisa recente de membros sobre o impacto das tarifas, afirmou nesta quarta-feira que eles disseram que enfrentam obstáculos cada vez maiores como inspeções do governo, lentidão na alfândega e aprovações mais lentas para licenciamento e outros pedidos.