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Exportações da China crescem apesar de tarifas dos EUA, mas importações têm maior queda em 3 anos

10/06/2019 07h33

Por Stella Qiu e Tony Munroe

PEQUIM (Reuters) - As exportações da China voltaram a crescer de forma inesperada em maio apesar das tarifas mais altas dos Estados Unidos, mas as importações tiveram a maior queda em quase três anos, em mais um sinal de demanda doméstica fraca que pode levar o governo a acelerar medidas de estímulo.

Alguns analistas suspeitavam que os exportadores chineses poderiam ter apressado os embarques para os EUA para evitar as novas tarifas sobre 300 bilhões de dólares em produtos que o presidente norte-americano, Donald Trump, está ameaçando impor.

Mas os dados de exportações melhores do que o esperado desta segunda-feira não devem aliviar temores de que uma guerra comercial entre os dois países mais longa pode não ser mais evitável, levando a economia global para a recessão.

AS exportações da China cresceram em maio 1,1% sobre o ano anterior, contra expectativas do mercado de modesto declínio, mostraram dados da alfândega.

Analistas consultados pela Reuters esperavam queda de 3,8%, após contração de 2,7% em abril.

"Esperamos que o crescimento das exportações permaneça positivo em junho, provavelmente sustentado pelo embarque antecipado de exportações para os EUA, mas deve então cair no terceiro trimestre, quando esperamos que as tarifas ameaçadas sejam adotadas", disseram economistas do Nomura.

"Portanto, acreditamos que Pequim deverá acelerar suas medidas de estímulo para estabilizar os mercados financeiros e o crescimento."

As importações da China em maio foram muito mais fracas do que o esperado, caindo 8,5%, queda mais forte desde julho de 2016. Isso deixou o país com um superávit comercial de 41,65 bilhões de dólares no mês.

Analistas previam queda de 3,8% das importações, revertendo a expansão de 4% de abril.