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Total planeja vender US$5 bi em ativos; registra queda no lucro trimestral

25/07/2019 09h14

Por Bate Felix

PARIS (Reuters) - A gigante francesa de energia Total irá vender cerca de 5 bilhões de dólares em ativos, a maior parte de seu negócio de exploração e produção, à medida que busca focar em projetos de custo mais baixo que possam suportar preços mais fracos do petróleo, disse a empresa nesta quinta-feira.

A companhia registrou uma queda de 19% no lucro líquido ajustado do segundo trimestre na comparação anual, para 2,9 bilhões de dólares, o que atribuiu a uma combinação de fatores desfavoráveis de mercado.

Esses fatores incluem uma queda de 7% nos preços do petróleo desde o segundo trimestre de 2018, uma retração acentuada nos preços do gás e uma redução nas margens de refino.

A empresa, que realizou uma onda de aquisições e planos de expansão sob a atual gestão, particularmente em gás e eletricidade, disse que está se preparando para o futuro ao concentrar suas forças nos segmentos de gás e offshore em águas profundas.

VENDAS DE ATIVOS

A Total informou que essa estratégia será complementada pela venda de ativos que só alcançam equilíbrio com o petróleo e gás a preços elevados, citando como exemplo a recente venda de ativos maduros no Mar do Norte Britânico.

"Essa política ativa de gerenciamento de portfólio continuará com a venda de 5 bilhões de dólares em ativos no período 2019-20, a maioria proveniente da Exploração e Produção", disse o presidente-executivo da empresa, Patrick Pouyanne.

"O anúncio da venda de ativos pode ajudar a compensar algumas incertezas em torno do crescimento recente e da estratégia de fusões e aquisições, demonstrando alguma disciplina em torno do balanço e do portfólio upstream", disse o analista Henry Tarr, da Barenberg, em nota.

A empresa manteve sua meta de investimento orgânico em 2019, de cerca 14 bilhões de dólares.

O crescimento da produção da Total deve superar os 9% este ano, graças ao ramp-up de projetos iniciados em 2018 e ao lançamento dos projetos Kaombo Sul em Angola e Culzean no Mar do Norte da Inglaterra, além de Johan Sverdrup na Noruega e Iara 1 no Brasil.