Governo quer 'desmamar' caminhoneiros da tabela de frete, diz ministro
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse nesta sexta-feira que o governo pretende "desmamar" os caminhoneiros da tabela de frete.
Após uma greve da categoria que paralisou o país em 2018, o governo fez concessões a categoria e criou uma tabela de frete para servir de parâmetro de preço, mas tem sido bastante criticada por setores da economia que contratam transportes.
A polêmica cresceu no mês passado após a publicação de uma resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atualizando os preços do frete rodoviário. Insatisfeitos com a nova tabela, os caminhoneiros chegaram ensaiar uma nova paralisação, fazendo o governo recuar.
A interlocutores, Freitas tem dito que considera a tabela de frete uma aberração e que aposta na livre negociação.
"Nós já estamos desmamando (os caminhoneiros)”, disse ele a jornalistas entre eventos militares no Rio de Janeiro. Ele não deu detalhes sobre o plano, mas afirmou querer acordos por setor para que a tabela desapareça com o tempo.
RELICITAÇÃO
O governo federal baixou nesta semana um decreto que regulamenta a devolução amigável de concessões. O objetivo do governo é diminuir a complexidade atual entre a devolução das concessões e uma relicitação, que pode durar até dois anos.
O ministro explicou que multas aplicadas ao concessionário por descumprimento de contrato não serão anistiadas, mas não serão mais aplicadas a partir de quando o consórcio aderir ao pedido de devolução amigável. Em troca, durante a relicitação a operação dos ativos será garantidos pela concessionária.
"A gente vai zerar novas penalidades mas não haverá perdão das multas aplicadas. Vamos impor no aditivo a manutenção e operação do ativo até o momento que a gente vai uma nova licitação", finalizou.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.