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Guedes diz a CEO da Petrobras que não duvida da privatização de "coisas maiores"

O ministro Paulo Guedes - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O ministro Paulo Guedes Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Rodrigo Viga Gaier e Marta Nogueira

No Rio de Janeiro

15/08/2019 17h51

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Durante evento no Rio de Janeiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira ao presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, não duvidar que o governo poderá privatizar "coisas maiores".

"Estamos começando devagar nas privatizações, mas já sabemos que vamos privatizar os Correios, vamos privatizar a Eletrobras. Eu não duvido que a gente vai privatizar algumas coisas maiores, viu Castello?", disse Guedes.

A afirmação, que arrancou gargalhadas de uma plateia que escutava o ministro durante o encerramento de um evento sobre gás natural, foi considerada depois, em entrevista a jornalistas, uma "brincadeira".

"Isso, por enquanto, é uma brincadeira, uma especulação. Aí você já quer saber se é uma parte da brincadeira, ou se é brincadeira. Eu brinquei com ele e falei: 'fica alerta, que na velocidade que o presidente (Bolsonaro) está indo, pela prensa que ele está dando no Salim (Mattar, secretário de Desestatização), eu acho que já, já chega na Petrobras", comentou Guedes, ao ser questionado por repórteres.

Na sua fala inicial à plateia, ele falou mais sobre o tema privatizações.

"Pelo ritmo que nós estamos indo, eu sempre falei que eu tinha crença de que o presidente (Bolsonaro) ia evoluir muito mais rapidamente do que os economistas brasileiros, que levaram 10, 15, 20 anos para chegar a esse diagnóstico."

Para Guedes, o "presidente está indo em uma velocidade bem maior, com Correios, Eletrobras, tudo já está encomendado".

"E eu acho que você (Castello Branco) pode até lá na frente fazer uma coisa surpreendente, vamos ver, depende do nosso ritmo", continuou o ministro.

Mais cedo, em discurso em São Paulo, Guedes também havia afirmado que o governo vai acelerar as privatizações e destacou que o apoio do presidente ao programa está aumentando.

"Meu trabalho é tentar vender todas as estatais", afirmou.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier e Marta Nogueira)