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Candidato da oposição diz que "não há possibilidade" de Argentina dar default se for eleito

11.ago.2019 - O candidato à Presidência da Argentina Alberto Fernández - Por Eliana Raszewski e Cassandra Garrison
11.ago.2019 - O candidato à Presidência da Argentina Alberto Fernández Imagem: Por Eliana Raszewski e Cassandra Garrison

22/08/2019 11h19

Por Eliana Raszewski e Cassandra Garrison

BUENOS AIRES (Reuters) - O candidato à presidência da Argentina, Alberto Fernández, disse nesta quinta-feira que "não há possibilidade" de o país dar default se ele for eleito em outubro.

"Ninguém quer o default como saída", disse Fernández em um seminário em Buenos Aires.

Fernández, que com o resultado das primárias deste mês pode se sair vitorioso nas eleições gerais de outubro, acrescentou que o país precisaria negociar com os credores para cumprir com suas obrigações.

Na quarta-feira, dois de seus assessores econômicos se encontraram com o novo ministro da Fazenda do país, Hernán Lacunza, e disseram a ele que Fernández vai procurar um "modelo econômico alternativo" para as políticas do atual governo.

O peronista de centro-esquerda Fernández tem criticado o acordo de 57 bilhões de dólares feito com o Fundo Monetário Internacional (FMI) no ano passado e as medidas de austeridade que foram impostas na esteira desse acordo. Se eleito, ele planeja "retrabalhar" esse acordo.

Fernández negou ser contra o histórico acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) em junho, mas disse que o texto possui "uma série de pontos" que precisam ser analisados.

"Irei analisá-los como forma de garantir que nenhum acordo que assinemos com a UE ou qualquer outro mercado acabe afetando nossa produção", disse Fernández.