Exportações alemães sobem em julho, mas sem motivo para "euforia"
Por Paul Carrel
BERLIM (Reuters) - As exportações alemãs subiram inesperadamente em julho, mostraram dados nesta segunda-feira, mas os grupos empresariais disseram que disputas tarifárias e incerteza sobre o Brexit ainda representam riscos para a maior economia da Europa, que oscila à beira de uma recessão.
As exportações subiram 0,7% em julho, com ajuste sazonal, enquanto as importações caíram 1,5%, informou o escritório federal de estatísticas da Alemanha.
O superávit comercial subiu para 20,2 bilhões de euros (22,3 bilhões de dólares), depois de uma revisão, para baixo, a 18,0 bilhões de euros no mês anterior.
Uma pesquisa da Reuters com economistas havia apontado queda de 0,5% nas exportações e baixa de 0,3% nas importações, enquanto o superávit comercial seria de 17,5 bilhões de euros.
"O pequeno aumento nas exportações em julho não é motivo de euforia com relação ao comércio exterior", disse Volker Treier, economista das Câmaras de Indústria e Comércio DIHK.
"As incertezas persistem para os negócios, principalmente devido aos conflitos comerciais mundiais em alta e ao (caminho do) Brexit ainda sem clareza."
O assessor econômico da Casa Branca Larry Kudlow disse na sexta-feira que o conflito comercial entre EUA e China pode levar anos para ser resolvido, embora Washington queira resultados "de curto prazo" das negociações em setembro e outubro.
Os números de exportação alemães mais fortes do que o esperado foram de encontro a uma recente série de fracos dados da maior economia da Europa que alimentou preocupação de que a Alemanha possa entrar em recessão no período de julho a setembro.
Nesse contexto, espera-se que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie novos estímulos em sua reunião de política monetária, na quinta-feira.
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