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Economistas veem ligeira piora no rombo primário de 2019 e 2020

Marcela Ayres

Em Brasília

12/09/2019 10h34

Economistas pioraram suas contas para o déficit primário do governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) deste ano e do próximo, mas com os resultados previstos nos dois casos ainda mostrando larga margem em relação às metas fiscais.

Segundo relatório Prisma Fiscal divulgado pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira, a projeção para o rombo primário do governo central subiu a 104,069 bilhões de reais na mediana dos dados coletados até o quinto dia útil deste mês, ante 103,218 bilhões de reais no relatório de agosto.

A meta fixada pelo governo é de um déficit de 139 bilhões de reais para este ano. Para cumpri-la, inclusive, o governo já congelou mais de 30 bilhões de reais em despesas discricionárias, mas o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que 14 bilhões de reais deverão ser desbloqueados até o fim deste mês, e outros 6 bilhões de reais até outubro.

Para 2020, a estimativa dos economistas consultados pelo Prisma é de um resultado primário negativo em 70,876 bilhões de reais, um pouco acima dos 70 bilhões de reais vistos no relatório anterior.

A meta para o próximo ano, segundo projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de um rombo primário de 124,1 bilhões de reais, sétimo dado consecutivo negativo. A LDO já foi aprovada em Comissão Mista de Orçamento (CMO), mas ainda precisa ser aprovada em sessão conjunta do Congresso Nacional.

Quanto ao crescimento da dívida bruta, a estimativa dos economistas é de que essa relação chegará a 78,5% do Produto Interno Bruto (PIB) ao fim deste ano, mesmo patamar visto no mês passado.

No ano que vem, a dívida bruta deverá chegar a 79,7% do PIB, ante nível de 80% calculado anteriormente, ainda segundo o Prisma.