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Governo vai começar a desbloquear despesas do Orçamento, diz Guedes

6.set.2019 - O ministro da Economia, Paulo Guedes - Mauro Pimentel/AFP
6.set.2019 - O ministro da Economia, Paulo Guedes Imagem: Mauro Pimentel/AFP

Por Marcela Ayres

Em Brasília

18/09/2019 08h21

O governo vai começar a desbloquear despesas do Orçamento, afirmou na noite de terça-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes, citando o descontingenciamento de até 14 bilhões de reais num primeiro momento e mais 8 bilhões de reais depois.

"Começamos a descontingenciar agora. Já vêm aí 12, 13, 14 bilhões. Deve vir mais, uns 8 (bilhões) à frente", afirmou ele na abertura do Fórum Nacional do Comércio em Brasília.

Segundo a Reuters apurou, o governo do presidente Jair Bolsonaro deverá anunciar no fim desta semana um desbloqueio de 12 bilhões de reais em despesas discricionárias, aliviando o atual aperto sobre a máquina pública.

A liberação será possibilitada por uma arrecadação melhor que a esperada nos meses de julho e agosto, além do recebimento de dividendos de bancos públicos. O desbloqueio também contemplará 2,66 bilhões de reais recuperados da Petrobras a partir da Operação Lava-Jato.

REAÇÃO DA ECONOMIA

Durante o evento, Guedes avaliou que a permissão para saques do FGTS representará "empurrãozinho" na economia e indicou que há outras iniciativas no pipeline, incluindo "juros mais baixos".

De acordo com o ministro, a economia no final deste ano exibirá "outro ritmo".

"Nós vamos trabalhar os quatro anos, se presidente for reeleito oito anos, nessa direção (das reformas e ajustes). Não vamos prometer milagre, o crescimento virá naturalmente", disse.

"Primeiro ano é ano mais difícil... Ritmo de crescimento ano que vem deve ser bem melhor, possivelmente o dobro deste ano, terceiro ano já decola e no quarto ano está voando, é voo de cruzeiro", acrescentou.

Segundo Guedes o plano da equipe vai na direção contrária do que foi feito na Argentina. Sobre o país vizinho, Guedes disse ainda que "quem fez confusão está voltando", em referência às eleições presidenciais que acontecerão em outubro no país.

Depois brincou pedindo 'off' aos jornalistas presentes no evento, pontuando não querer confusão em relação ao processo eleitoral de nação amiga.