Dólar encerra perto de estabilidade com Previdência e negociações comerciais EUA-China no radar
Por Stefani Inouye
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar encerrou próximo à estabilidade contra o real nesta terça-feira, em meio a leve apreensão do mercado diante do adiamento da votação do parecer do relator da Previdência na CCJ, com agentes do mercado de olho nos desenvolvimentos das relações comerciais entre Estados Unidos e China.
O dólar à vista teve queda de 0,03%, a 4,1695 reais na venda. Na B3, o dólar futuro tinha ganho de 0,18%, a 4,1725 reais.
No exterior, divisas pares do real, como rand sul-africano, lira turca e peso mexicano, se apreciavam contra o dólar.
Para Rodrigo Franchini, responsável pela área de produto da Monte Bravo, o real brasileiro se descolava de seus pares emergentes diante de preocupações com o adiamento para semana que vem da votação do parecer do relator Tasso Jereissati (PSDB-CE) sobre as emendas apresentadas à reforma da Previdência, inicialmente prevista para esta terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
"Quem está lá fora olhando e esperando que a reforma saia 100%, tem uma sensação de apreensão diante de uma notícia de atraso, o que cria uma instabilidade no mercado."
Com o adiamento na CCJ, a votação da reforma em primeiro turno no plenário do Senado, anteriormente prevista para ocorrer na quarta-feira desta semana, só deverá ocorrer na próxima terça, ou até mesmo na quarta.
Segundo Franchini, a notícia limitava o otimismo em torno das negociações comerciais entre EUA e China, depois que fontes familiarizadas com o assunto afirmaram que o país asiático concedeu novas isenções a diversos importadores para que comprem soja dos EUA sem tarifas retaliatórias, em um gesto de boa vontade antes das negociações comerciais de alto nível marcadas para o mês que vem.
A sensação de otimismo se sobressaía apesar de nesta terça-feira o presidente dos EUA, Donald Trump, ter criticado duramente as práticas comerciais da China em um discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), dizendo que não aceitará um "acordo ruim".
Franchini afirmou que, neste momento, o mercado doméstico de câmbio não sofreu ainda impacto das notícias sobre esforços de alguns democratas pelo impeachment do presidente dos EUA, Donald Trump. Ele afirmou que, pelo fato de o Federal Reserve ter autonomia, avaliação inicial é que esses desdobramentos políticos não ameaçam política de juros dos EUA.
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