Ibovespa fecha na máxima do dia com ânimo sobre China-EUA, sobe 2% na semana
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, acima dos 108 mil pontos, apoiado em retórica mais positiva sobre as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, com o avanço de mais de 3% das ações da Vale entre os principais suportes.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,11%, a 108.692,28 pontos, novamente na máxima da sessão. O volume financeiro do pregão somou 16,79 bilhões de reais. Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 2%, após perdas nas duas semanas anteriores.
O presidente norte-americano, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que um acordo comercial com a China está "potencialmente muito próximo", e que ele está do lado tanto do povo de Hong Kong quanto do presidente Xi Jinping.
Antes, em Pequim, Xi também disse que a China quer desenvolver um pacto comercial inicial com os EUA e vem tentando evitar uma guerra comercial, embora não tenha medo de retaliar quando necessário.
Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 0,2%, referendado também por números mais positivos sobre a economia norte-americana, com a produção manufatureira e a atividade de serviços acelerando em novembro.
"Os comentários do presidente americano ajudam a manter a esperança de que um acordo preliminar entre EUA e China ainda possa ser feito neste ano", observou o gestor Igor Lima, sócio na Galt Capital.
Ele ressaltou que o presidente tem travado outras batalhas políticas, como o processo de impeachment, e muitas vezes a volta do foco para a questão da guerra comercial, de forma positiva, ajuda a aliviar a pressão sob ele.
No cenário doméstico, por sua vez, Lima destaca que acumulam-se evidências de que o crescimento da economia brasileira vem se consolidando.
"Adicionalmente, a inflação segue muito comportada, retirando pressão sob a curva de juros e contribuindo para o bom desempenho da bolsa, bem como começamos a observar melhora marginal no fluxo estrangeiro nos últimos dias", acrescentiou.
Na visão do gestor, o Brasil pode estar se consolidando como "uma das poucas (e boas) histórias de aceleração de crescimento em termos globais para 2020 e a bolsa deve ser o ativo que mais vai se beneficiar neste cenário".
DESTAQUES
- VALE ON subiu 3,33%, em movimento alinhado ao setor de mineração e siderurgia na Europa, tendo de pano de fundo alto do preço do minério de ferro na China. O IFR, serviço da Refinitiv, também noticiou que a mineradora poderá refinanciar dívidas a custos muito baixos e o ScotiaBank elevou a recomendação dos ADRs da Vale para 'outperform do setor' e preço-alvo para 17,5 dólares.
- AZUL PN fechou em alta de 4,73% e a rival GOL PN encerrou com acréscimo de 2,45%, em dia de relativa tranquilidade no mercado de câmbio.
- PETROBRAS PN fechou em alta de 0,44%, apesar da fraqueza dos preços do petróleo no mercado externo. A petrolífera começou a fase vinculante para a venda de quatro das oito refinarias e logísticas associadas ofertadas ao mercado.
- MARFRIG ON e JBS ON cederam 1,47% e 1,01%,respectivamente, em sessão negativa para o setor de proteínas, dando continuidade aos ajustes negativos da véspera. No ano, contudo, Marfrig sobe ao redor de 95% e JBS acumula valorização de cerca de 120%.
- BRADESCO PN subiu 1,65%, melhor desempenho entre os bancos do Ibovespa, com ITAÚ UNIBANCO PN em alta de 0,68% e BANCO DO BRASIL ON avançando 1,5%. SANTANDER BRASIL UNIT ganhou 0,83%, mas BTG PACTUAL UNIT, que renovou recorde intradia, cedeu 0,38%.
- GERDAU PN fechou em alta de 1,46%. A siderúrgica confirmou à Reuters nesta sexta-feira que está anunciando aumentos de preço de 8% a 12% para os produtos de aço longo no Brasil a partir de janeiro.
- LOG-IN ON, que não está no Ibovespa, encerrou com elevação de 7,03%, após recuar quase 15% no pior momento, no começo do pregão, um dia depois de precificar oferta primária de ações a 14,50 reais por papel - desconto de 20% em relação ao preço de fechamento da quinta-feira, de 18,20 reais.
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