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China e EUA estão "muito perto" de fase um de acordo comercial, diz Global Times

16.set.2018 - Bandeiras da China e dos EUA, em Pequim - Andy Wong/AP
16.set.2018 - Bandeiras da China e dos EUA, em Pequim Imagem: Andy Wong/AP

Bhargav Acharya, Tony Munroe e Gabriel Crossley

Em Pequim

25/11/2019 07h32

PEQUIM (Reuters) - A China e os Estados Unidos estão muito perto da fase um de um acordo comercial, afirmou nesta segunda-feira o Global Times, tablóide comandado pelo oficial People's Daily, do Partido Comunista, ignorando notícias "negativas".

A China também permanece comprometida em continuar as negociações para a fase dois e mesmo a fase três de um acordo com os EUA, disse o Global Times no Twitter, citando especialistas próximos do governo chinês.

"Os dois lados chegaram a um amplo consenso para a fase um do acordo", disse Gao Lingyun, especialista da Academia Chinesa de Ciências Sociais de Pequim, que está próximo das negociações comerciais, segundo o Global Times. Ele acrescentou que Washington e Pequim concordaram em reverter tarifas, mas não decidiram os detalhes ou o tamanho das remoções tarifárias.

Especialistas comerciais e pessoas próximas à Casa Branca disseram na semana passada que a finalização da "fase um" do acordo, que era esperada para novembro, pode ficar para o ano que vem, conforme Pequim pressiona por mais recuos em tarifas e Washington responde com suas próprias demandas.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, recusou-se a comentar especificamente sobre a matéria do Global Times durante uma entrevista diária nesta segunda-feira, mas reiterou que Pequim gostaria que Washington trabalhasse com ele para resolver as questões comerciais com base em igualdade e respeito mútuo.

Segundo autoridades dos EUA e da China, assim como parlamentares e especialistas em comércio, a ambiciosa "fase dois" do acordo comercial está parecendo menos provável uma vez que ambos os países têm dificuldades para fechar um acordo preliminar.

As perspectivas para a fase um se complicaram ainda mais na semana passada, quando o Congresso dos EUA aprovou uma legislação para apoiar manifestantes em Hong Kong, embora a finalização sem grandes problemas das eleições de conselho distrital no território controlado pela China no domingo possa ajudar.

(Reportagem de Bhargav Acharya em Bengaluru, Tony Munroe e Gabriel Crossley em Pequim)