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Em CPI, Joice acusa Eduardo Bolsonaro de liderar ataques virtuais

04/12/2019 19h54

BRASÍLIA (Reuters) - A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), acusou nesta quarta-feira, em depoimento na CPMI das Fake News, o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, de ser um dos líderes de ataques em redes sociais e outros meios de comunicação virtual contra pessoas que seriam críticas ao governo.

"Eduardo está amplamente envolvido e é um dos líderes desse grupo que chamamos de milícia virtual", disse ela.

A parlamentar, que presta depoimento na comissão, afirmou também que o chamado "gabinete do ódio" também estaria por trás dessas acusações. Segundo ela, há uso de dinheiro público no disparo dessas mensagens.

Joice --ex-líder do governo no Congresso e que se tornou desafeta de Bolsonaro e de pessoas próximas a ele-- não implicou diretamente o presidente no uso e disseminação de mensagens falsas.

Ainda assim, ela afirmou que haveria método na disseminação de informações inverídicas e que haveria cerca de 2 milhões de robôs seguidores do presidente e de Eduardo Bolsonaro. Disse que colocaria à disposição do colegiado informações sobre o funcionamento do que chamou de milícia virtual.

O depoimento de Joice era aguardado com expectativa pelo potencial explosivo que poderia ter. Em entrevista à tarde, Bolsonaro disse que não estava preocupado com a fala de sua ex-líder à CPI.

"Não, zero, chance zero. Inventaram gabinete do ódio e alguns idiotas acreditaram. Outros idiotas vão até prestar depoimento, como tem um idiota prestando depoimento uma hora dessas lá", afirmou o presidente.

Procurada pela Reuters, a assessoria de Eduardo Bolsonaro disse que até o início da noite o deputado não havia se pronunciado sobre o assunto.

(Reportagem de Ricardo Brito)