Dívida "insustentável" da Argentina não deveria ser difícil de reestruturar, diz chefe do BC local
BUENOS AIRES (Reuters) - A dívida da Argentina é "insustentável", mas não deveria ser difícil de se reestruturar, considerando que o problema está principalmente nos cronogramas de pagamento e nos valores dos cupons de juros, disse o presidente do banco central, Miguel Ángel Pesce, em discurso nesta quarta-feira.
Ele também chamou as taxas de juros argentinas de "exorbitantes" e disse que "certamente" cairiam no curto prazo. A taxa básica de juros do banco central é de cerca de 63%, uma vez que os formuladores de política monetária tentam aliviar a inflação, estimada em 55% este ano.
Pesce afirmou ainda que medidas --entre as quais um projeto de lei apresentado pelo governo e apelidado de "Solidariedade Social e Reativação da Produção"-- precisam ser aprovadas pelo Congresso para conter a inflação e preparar o cenário para taxas de juros mais baixas.
"Estamos novamente com um problema de insustentabilidade de nossa dívida, mas é um problema de agenda de pagamento e valor de cupom que não será tão difícil de resolver", disse Pesce, que iniciou os trabalhos na semana passada após o novo presidente da Argentina, o peronista moderado Alberto Fernández, ter assumido o poder.
Pesce disse que as transferências do banco central de reservas em dinheiro para o Tesouro devem ser as menores possíveis e durar o menor tempo possível.
O governo precisa de dinheiro para pagar uma melhora no bem-estar, prometida por Fernández, e renegociar cerca de 100 bilhões de dólares em títulos e empréstimos soberanos.
Um grupo de cerca de 80 detentores de títulos da Argentina criou formalmente um grupo de credores antes das negociações de reestruturação da dívida, que devem começar em breve.
(Reportagem de Eliana Raszewski e Cassandra Garrison)
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