Cofundador da Uber sai da empresa para focar em negócio de cozinhas industriais
Travis Kalanick, o cofundador da Uber, rompeu seus últimos laços com a empresa, renunciou ao seu cargo no conselho e vendeu todas as suas ações enquanto muda seu foco para um novo empreendimento que cria "cozinhas fantasmas para serviços de entrega de comida."
Kalanick, que ajudou a fundar a Uber em 2009 e já exerceu controle quase completo sobre a empresa, deixou o cargo de presidente-executivo em junho de 2017 sob pressão de investidores, após uma série de contratempos.
Ele deixará o conselho de administração da Uber até o final do ano, informou a empresa nesta terça-feira.
Kalanick ajudou a transformar a Uber na maior empresa de transporte privado do mundo, revolucionou a indústria de táxis e desafiou as regulamentações de transporte em todo o mundo.
"Poucos empreendedores construíram algo tão profundo quanto Travis Kalanick fez com a Uber", disse o atual presidente-executivo da Uber, Dara Khosrowshahi, em comunicado, dando créditos à "visão e tenacidade" de Kalanick.
Mas sua ousadia também foi responsabilizada por uma série de escândalos e reclamações sobre sua liderança, resultando em uma revolta dos acionistas para tirá-lo do cargo.
Kalanick disse em um comunicado que agora a Uber era uma empresa pública, ele queria se concentrar em seus negócios atuais e atividades filantrópicas. Atualmente, ele está trabalhando em uma startup que visa construir grandes cozinhas industriais e alugar o espaço para restaurantes. As "cozinhas fantasmas" preparam refeições para serem entregues, sem os custos de funcionários e locação de imóveis.
A empresa conhecida como "CloudKitchens" captou 400 milhões de dólares de investidores até o momento, de acordo com o Crunchbase.
Uma porta-voz disse na segunda-feira que Kalanick vendeu sua participação total de mais de 3 bilhões de dólares em ações da Uber, acrescentando que o formulário regulatório final será registrado na quinta-feira depois do Natal.
Analistas do Wedbush, nesta terça-feira, receberam bem a notícias da saída de Kalanick, dizendo que seu restante no conselho seria uma distração.
"Muitos investidores ficarão felizes em ver esse capítulo sombrio no espelho retrovisor", disseram os analistas da Wedbush Ygal Arounian e Daniel Ives, em nota.
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