Acordo cai e votação de veto a Orçamento impositivo é adiada
BRASÍLIA (Reuters) - O veto a dispositivo sobre Orçamento impositivo foi retirado de pauta da sessão conjunta do Congresso Nacional desta quarta-feira depois que o acordo construído na véspera caiu.
O acordo fechado na terça-feira entre governo e Congresso --que envolvia a derrubada do veto do Orçamento impositivo, de um lado, e a devolução de 11 bilhões de reais para rubrica discricionária do Executivo-- encontra-se suspenso, por ora, por falta de cumprimento da parte do governo no trato, que deveria enviar um projeto ao Congresso ainda nesta quarta-feira, o que ainda não ocorreu.
Acertada na véspera entre os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes do governo e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, a derrubada desse veto permitirá que fique valendo o texto segundo o qual a execução das emendas deverá observar as indicações de beneficiários e a ordem de prioridades feitas pelos respectivos autores, atendendo aos anseios dos parlamentares.
Em contrapartida, o Legislativo havia concordado em devolver ao governo o controle sobre 11 bilhões de reais. Atualmente em rubrica de emendas do relator do Orçamento para 2020, deputado Domingos Neto (PSD-CE), esses recursos voltariam a constituir Orçamento discricionário do Executivo.
Essa devolução seria possível por meio de um projeto que o governo ficou de enviar, ainda não encaminhado ao Parlamento, que também traria correções demandadas pelos parlamentares.
Com o adiamento, corroborado pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), a votação do veto a dispositivo do Orçamento Impositivo pode ficar para depois do Carnaval. Para o líder, ainda há pontos no projeto que carecem de discussão.
Segundo Alcolumbre, deve haver uma nova reunião sobre o tema na próxima terça-feira para definir o encaminhamento e o cronograma da votação do veto.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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