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Central sindical define condições para venda de elevadores da Thyssenkrupp

18/02/2020 13h21

DUESSELDORF/FRANKFURT, Alemanha (Reuters) - Qualquer novo controlador da divisão de elevadores do grupo alemão Thyssenkrupp terá que dar garantias contra cortes de empregos e fechamentos de fábricas e se comprometer a envolver os funcionários em planos de investimentos, afirmou nesta terça-feira a maior central sindical da Alemanha.

"Queremos concluir as negociações o mais rápido possível e então assinarmos um acordo com o comprador escolhido", afirmou o diretor de negociação da central sindical IG Metall, Knut Giesler, sobre os esforços de venda da divisão de elevadores.

A Thyssenkrupp reduziu na segunda-feira a lista de interessados na quarta maior fabricante de elevadores do mundo e está focada em vender parcela majoritária ou toda a unidade para um consórcio formado por Blackstone, Carlyle e Canada Pension Plan, ou pelo da Advent e Cinven.

"Há duas, três coisas que precisam ser resolvidas. Isto é trabalho para a próxima semana e meia", disse Giesler, que também é vice-presidente do conselho de administração da Thyssenkrupp Elevator Technology.

Representantes dos trabalhadores controlam metade do conselho da Thyssenkrupp - que deve se reunir em 27 de fevereiro e o consentimento deles será fundamental para qualquer acordo.

A venda da Thyssenkrupp Elevator, potencialmente o maior negócio de venda de ativo da Europa para grupos de private equity em 13 anos, será importante para o futuro do conglomerado alemão, que já emitiu alertas de resultado e atrasos em passos de reestruturação.

A divisão de elevadores emprega cerca de 53 mil pessoas, a maior parte fora da Alemanha, e é avaliada em cerca de 16 bilhões de euros (17 bilhões de dólares) com base nas ofertas mais recentes.

Fontes próximas do assunto afirmaram que a Thyssenkrupp provavelmente vai manter participação de 20% a 30% na divisão, que compete com Otis, da United Technologies, com a suíça Schindler e a finlandesa Kone.

(Por Tom Kaeckenhoff, Christoph Steitz, Edward Taylor e Arno Schuetze)