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Pacote de US$2 tri ante vírus dos EUA está pronto para votação no Senado

25/03/2020 13h01

Por David Morgan e Richard Cowan

WASHINGTON (Reuters) - Os senadores norte-americanos votarão nesta quarta-feira um pacote de legislação bipartidária de 2 trilhões de dólares para aliviar o impacto econômico devastador da pandemia de coronavírus, esperando que ele se torne lei rapidamente.

Os principais assessores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (membro do partido Republicano), e republicanos e democratas seniores disseram que concordaram com o projeto de lei sem precedentes nas primeiras horas desta quarta-feira, depois de uma maratona de cinco dias de conversas.

"Vamos aprovar esta legislação ainda hoje", disse o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, depois que o acordo foi anunciado nesta quarta-feira.

Não ficou claro com que rapidez o Congresso poderá obter o pacote para Trump assinar a lei.

O Senado deverá se reunir às 13h (horário de Brasília), com uma votação prevista para a tarde. A Câmara dos Deputados, controlada pelos democratas, provavelmente não agirá antes de quinta-feira.

Trump apoia a medida, disse a Casa Branca.

"Estamos realmente ansiosos por essa votação hoje para que ele possa aprovar a lei", disse a porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham, à Fox News.

O pacote incluirá um fundo de 500 bilhões de dólares para ajudar indústrias afetadas e uma quantia comparável para pagamentos diretos de até 3 mil dólares cada a milhões de famílias norte-americanas.

Também incluirá 350 bilhões de dólares para empréstimos a pequenas empresas, 250 bilhões de dólares para expandir auxílios-desemprego e pelo menos 100 bilhões de dólares para hospitais e sistemas relacionados à saúde.

Será o maior pacote de estímulo já aprovado pelo Congresso e o terceiro esforço a ser aprovado neste mês. O dinheiro em jogo equivale a quase metade dos 4,7 trilhões de dólares que o governo dos EUA gasta anualmente.

O pacote visa inundar a economia norte-americana com dinheiro, em uma tentativa de conter o impacto de uma pandemia que matou mais de 730 pessoas nos Estados Unidos e infectou mais de 53.650.

(Reportagem de Richard Cowan, reportagem adicional de Doina Chiacu e Patricia Zengerle)