Arábia Saudita luta para encontrar compradores para seu petróleo extra, dizem fontes
Por Alex Lawler e Olga Yagova e Nidhi Verma
LONDRES/MOSCOU/NOVA DÉLHI (Reuters) - A Arábia Saudita está lutando para encontrar clientes para o seu petróleo extra, à medida que a demanda cai devido ao aumento do coronavírus e do frete, disseram fontes do setor, minando a tentativa do reino de conquistar participação de mercado de rivais ao expandir sua produção.
A anglo-holandesa Shell e as refinarias norte-americanas estavam comprando menos petróleo saudita, as refinarias indianas buscavam entregas atrasadas, disseram as fontes. As refinarias polonesas também estavam reduzindo as compras, acrescentaram.
A Unipec, o braço comercial da maior refinaria da Ásia, Sinopec, também decidiu não demandar mais petróleo saudita em abril após o aumento das taxas de frete, disseram fontes.
O maior exportador de petróleo do mundo planeja aumentar acentuadamente as exportações após o colapso, neste mês, de um acordo de três anos para um corte de oferta entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros produtores, incluindo a Rússia.
Mas, com a demanda também caindo devido às medidas globais para conter o surto de coronavírus, as empresas de petróleo vêm reduzindo as taxas de processamento de refinarias e não têm pressa em comprar barris sauditas extras, disseram as fontes.
A demanda global por petróleo deverá cair 20% nos próximos meses, disse o presidente da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, na quinta-feira.
Além das consequências do coronavírus, fontes comerciais disseram que os custos mais altos do frete também estavam afetando o preço.
A Saudi Aramco, estatal, não quis comentar.
A Shell está entre as principais empresas de petróleo que usam menos petróleo saudita, disseram duas fontes do setor. A Shell se recusou a comentar.
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