Presidente do Morgan Stanley está recuperado após diagnóstico de coronavírus em março
Por Elizabeth Dilts Marshall e Anirban Sen
(Reuters) - O presidente-executivo do Morgan Stanley, James Gorman, foi diagnosticado com o novo coronavírus depois de mostrar os sintomas há quase um mês e se recuperou totalmente, de acordo com um vídeo enviado a funcionários do banco nesta quinta-feira.
Gorman, de 61 anos, começou a se sentir mal em meados de março, disse ele. Após ser testado e confirmado como tendo Covid-19, ele se isolou em casa, mas não parou de liderar ligações regulares com o comitê operacional e o conselho de administração do Morgan Stanley, nem teve sintomas graves, afirmou.
A Securities and Exchange Commission (SEC), espécie de Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, exige que as empresas públicas divulguem fatos relevantes, mas há um amplo debate sobre quando as empresas devem divulgar informações sobre a saúde de um executivo, disseram advogados de governança corporativa.
No mês passado, o Jefferies Financial Group divulgou que seu vice-presidente financeiro, Peg Broadbent, morreu de complicações relacionadas ao coronavírus.
O sócio fundador da Perella Weinberg Partners, Joseph Perella, também testou positivo para o coronavírus e se recuperou após tratamento, disse uma pessoa familiarizada com o assunto que não estava autorizada a discutir as informações publicamente.
Uma porta-voz disse que é política da empresa não comentar sobre a saúde de seus funcionários.
Em contraste, o JPMorgan Chase divulgou que o presidente-executivo, Jamie Dimon, passou por uma cirurgia cardíaca de emergência poucas horas após o evento ocorrido no mês passado
O vídeo de Gorman para toda a equipe foi a primeira vez que o Morgan Stanley compartilhou com alguém além da sala de diretoria e área executiva que seu presidente-executivo havia testado positivo para a doença respiratória. A notícia veio a público quando agências de notícias como a Reuters souberam da mensagem.
Um presidente-executivo de uma grande empresa financeira global desenvolvendo uma infecção naturalmente abalaria investidores, funcionários e clientes, mas a divulgação para fins da SEC nem sempre é necessária, disseram advogados.
(Com reportagem adicional de Katanga Johnson, em Washington D.C)
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