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Tesouro dos EUA informa companhias aéreas sobre subsídio de US$32 bi, dizem fontes

10/04/2020 16h40

Por David Shepardson e Tracy Rucinski

WASHINGTON/CHICAGO (Reuters) - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, está mantendo conversas com presidente-execuivos de companhias aéreas e pode anunciar detalhes de um pacote de subsídios para folha de pagamento de 32 bilhões de dólares ainda nesta sexta-feira, disseram à Reuters pessoas informadas sobre o assunto.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quinta-feira que as companhias aéreas poderiam receber detalhes no fim de semana sobre os termos do pacote para compensar o impacto da epidemia de coronavírus.

De acordo com a Lei Cares, de 2,3 trilhões de dólares, as companhias de passageiros são autorizadas a receber 25 bilhões de dólares em dinheiro para folha de pagamento, enquanto as transportadoras de carga podem receber 4 bilhões de dólares e os prestadores de serviços de aeroportos, 3 bilhões.

A Reuters informou na quinta-feira que as seis maiores companhias aéreas norte-americanas - American Airlines Group, United Airlines, Delta Air Lines, Southwest Airlines, JetBlue Airways e Alaska Airlines - devem receber cerca de 90% do pacote de 25 bilhões de dólares.

Embora parte do dinheiro seja "limpa", o Tesouro pode exigir que as empresas reembolsem uma parte com uma taxa de juros baixa que pode aumentar após cinco anos, segundo fontes.

Também é provável que o Tesouro exija garantias a pelo menos algumas companhias, com o valor vinculado ao perfil de risco da empresa, embora os termos e números finais ainda não estejam claros e possam mudar à medida que as negociações continuam, disseram as fontes.

A American Airlines é a mais endividada das seis principais companhias aéreas dos EUA e pode ter que se sujeitar a termos mais difíceis, de acordo com as fontes.

Depois de receber cerca de 275 pedidos de subsídios para pagamentos na semana passada, o Tesouro solicitou informações adicionais detalhadas sobre estrutura de capital, liquidez e programas de fidelidade, disseram as fontes à Reuters.

As companhias aéreas dizem que estão sofrendo a pior crise de sua história, já que a demanda por viagens diminuiu para menos de 5% dos níveis normais, mas precisarão de pessoal treinado para atender os voos assim que a crise do coronavírus diminuir e a economia começar a se recuperar.