Europa e América Latina liderarão retração de economias emergentes em 2020; Ásia limitará danos, diz FMI
Por Rodrigo Campos
NOVA YORK (Reuters) - Economias emergentes e em desenvolvimento provavelmente recuarão cerca de 1% este ano, à medida que a pandemia de coronavírus interrompe a atividade econômica em todo o mundo, disse o Fundo Monetário Internacional nesta terça-feira, com a Ásia avançando para compensar levemente os declínios esperados na Europa emergente e na América Latina.
Em seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI cortou a expectativa para a região em 2020 de um crescimento de mais de 4% há apenas três meses para contração de 1%. China e Índia devem crescer mais de 1% cada; a Rússia, o México e o Brasil devem encolher mais de 5%.
"O crescimento poderia ser ainda menor se medidas mais rigorosas de contenção forem necessárias devido à disseminação mais ampla do vírus entre esses países", disse o FMI.
Quase 2 milhões de pessoas no mundo todo estão confirmadas como infectadas pela pandemia de coronavírus, e cerca de 120 mil morreram. Cidades em todo o mundo reduziram ao mínimo a atividade econômica, em um esforço para reduzir a infecção.
As previsões do FMI assumem que os surtos do novo coronavírus atingirão o pico na maioria dos países durante o segundo trimestre e desaparecerão na segunda metade do ano, com o fechamento de negócios e outras medidas de contenção gradualmente sendo relaxadas.
Na China, onde a atividade comercial está lentamente voltando, a economia deve crescer a uma taxa de 1,2% em 2020, abaixo dos 6% esperados na previsão de janeiro do FMI. A segunda maior economia do mundo deverá crescer 9,2% em 2021.
Na América Latina, onde os surtos continuam a aumentar, é provável que a economia recue 5,2%. A expectativa é de que a Argentina se junte ao Brasil com uma contração de mais de 5% em 2020. O declínio projetado de 6,6% do México seria o maior entre as maiores economias do Hemisfério Ocidental, sem contar a Venezuela.[nE6N2BJ01R]
Em seu relatório, o FMI disse que a economia global deve encolher 3,0% em 2020, a maior retração desde a Grande Depressão da década de 1930. Espera-se uma recuperação para um crescimento de 5,8% no próximo ano.
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