China corta custos de empréstimo de médio prazo para mínima recorde
XANGAI (Reuters) - O banco central da China ampliou nesta quarta-feira o apoio de política monetária para a economia ao cortar uma importante taxa para mínima recorde e reduzir a quantia que os bancos devem manter como reserva am torno de 28 bilhões de dólares em meio à crise de coronavírus.
Combinadas, as medidas injetam um total de 43 bilhões de dólares no sistema financeiro antes de relatório na sexta-feira que deve mostrar queda do Produto Interno Bruto de 6,5% no primeiro trimestre, a primeira contração trimestral da segunda maior economia do mundo em mais de 30 anos.
O Banco do Povo da China informou que está reduzindo o instrumento de empréstimo de médio prazo de um ano (MLF) para instituições financeiras a 2,95%, nível mais baixo desde que a ferramenta de liquidez foi adotada em setembro de 2014, contra 3,15% antes.
O corte deve abrir caminho para uma redução similar na taxa de empréstimo primária referencial (LPR), que será anunciada no dia 20, para reduzir os custos de financiamento a empresas afetadas pela pandemia.
Em comunicado, o banco central disse que está injetando 100 bilhões de iuanes (14,19 bilhões de dólares) através da ferramenta de liquidez.
O corte ficou em linha com as expectativas do mercado, uma vez que os economistas acreditam que o banco central vai achatar a curva de rendimento reduzindo a taxa MLF pela mesma margem do corte da taxa de recompra reversa de 7 dias no final de março.
"No geral, a MLF de um ano ainda está perto de 3%, patamar mais elevado entre todas as principais economias, o que oferece espaço ao banco central para mais afrouxamento se as coisas piorarem", disse Yun Xiong, gestor de carteira do Green Harmony Capital.
Alguns participantes do mercado acreditam que a dupla medida de afrouxamento nesta quarta-feira --reduzindo o custo de empréstimo de médio prazo no mesmo dia em que a primeira fase de cortes direcionados da taxa de compulsório entra em vigor-- em um sinal de que as autoridades estão ampliando o suporte monetário conforme os mercados se preparam para dados econômicos fracos.
A China divulgará os dados do PIB e indicadores de atividade no primeiro trimestre na sexta-feira. Além da contração no primeiro trimestre, analistas preveem que o crescimento em 2020 vai desacelerar com força a 2,5%, mais fraco em quase meio século, de 6,1% no ano passado.
O BC da China já havia informado o corte da quantidade de dinheiro que pequenos bancos precisam manter como reserve para sustentar a economia. A primeira fase do corte entra em vigor nesta quarta-feira, liberanbdo cerca de 200 bilhões de iuanes (28,37 bilhões de dólares) de fundos de longo prazo, disse o banco central em seu comunicado, embora não tenha comentado o corte da MLF.
(Reportagem de Winni Zhou e Andrew Galbraith em Xangai, Lusha Zhang em Pequim e Tom Westbrook em Cingapura)
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