No Rio, Teich defende união de forças no combate ao coronavírus
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou nesta sexta-feira que é preciso unir forças para combater o avanço da epidemia do coronavírus no Rio de Janeiro.
Teich visitou o hospital de campanha da prefeitura, no Riocentro, um dos únicos que estão prontos para pacientes com Covid-19 em funcionamento no Estado.
Depois do encontro, que durou cerca de duas horas, o ministro não respondeu a perguntas de jornalistas, e, mesmo diante do agravamento da pandemia, preferiu um rápido pronunciamento.
Teich disse que veio ao Rio para uma agenda de trabalho e para conhecer de perto a estrutura disponível do Estado para combater a doença.
“A ideia é conhecer o lugar, ver o que está sendo feito, ver os recursos... conversar e ouvir as partes federal, estadual e municipal e enxergar a melhor forma de unir as forças“, disse ele no rápido pronunciamento.
A declaração de Teich sobre união de forças ocorre em meio a seguidas críticas pelo presidente Jair Bolsonaro contra os governadores e prefeitos que adotaram as medidas mais duras de isolamento social.
O ministro da Saúde, na sua primeira visita oficial ao Estado, afirmou também que a estratégia do governo será adotar políticas que evitem que pacientes com Covid-19 evoluam, piorem, e precisem do auxílio de respiradores.
A prefeitura do Rio recebeu nessa sexta 20 respiradores e mais 700 chegarão da China até a semana que vem. Além disso , já tem 16 tomógrafos e receberá outros desses equipamentos nos próximos dias.
O tomógrafo é importante para detectar a doença no estágio inicial e com o diagnóstico precoce aumentam as chances de tratamento sem necessidade de entubação.
“Precisamos otimizar e acelerar a capacidade de tratar das pessoas... estratégias para tentar diminuir a gravidade da doença na população e que a gente consiga evitar que as pessoas precisem tanto de terapia intensiva e diminuir a necessidade de qualquer cidade por respiradores, a ideia é essa", disse Teich.
O ministro tem encontros ainda nessa sexta com o governador Wilson Witzel e deve visitar outras unidades de saúde.
Mais tarde, o prefeito Marcelo Crivella afirmou que no encontro fechado com Teich, o ministro revelou que as Forças Armadas vão colocar à disposição das cidades e Estados um cadastro com 800 mil militares e civis que poderiam ajudar no combate à Covid-19.
“Seria uma importante ajuda“, disse Crivella.
O prefeito vem sendo aconselhado pelos médicos ligados ao governo, assim como no Estado, a decretar o lockdown nos próximos dias para conter a curva da doença.
“Estudamos a possibilidade de como fazer lockdown sem que as pessoas morram de fome;... a diferença do remédio e o veneno é a dose, queremos a dose certa“, acrescentou Crivella.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)
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